Pandemia: nascimento de bebês prematuros aumenta 12,5% na região de Campinas
Reprodução: ACidade ON
Pandemia: nascimento de bebês prematuros aumenta 12,5% na região de Campinas

Dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, apontaram que o nascimento de bebês prematuros na região de Campinas aumentou 12,5% no ano passado - quando começou a pandemia de covid-19 - em comparação ao ano anterior (2019).

Segundo os números, foram 3.192 partos prematuros em 2019 contra 3.591 no ano passado.
Um desses casos foi o da fotógrafa Roberta Urbano, que teve a filha Lara em 2020. Com 34 semanas, ela foi diagnosticada com covid-19 e preciso ser internada. Por conta da situação, a médica decidiu induzir o parto da menina. 

"A sobrecarga da gestação, na verdade, foi identificada como fator principal para eu não conseguir melhorar. Eu estava tendo que dar conta de respirar e de circular sangue por mim e mais por ela. Eu fiquei assustada porque não sabia se o parto seria de risco ou tranquilo. E não sabia se a Lara ia nascer bem, se ia respirar bem", contou ela.  

Roberta se recuperou bem e, dois dias depois do nascimento de Lara, ela pôde deixar o hospital. "Eu fiquei nove dias depois do parto sem poder chegar muito pertinho dela. Estava amamentando, mas tive que ficar de máscara. Foi uma parte difícil, cuidar dela dentro de casa usando máscara". 

OBSTETRA

Segundo o obstetra Nélio Veiga Junior, os partos de bebês prematuros podem ser espontâneos ou terapêuticos, quando há indicação médica. Ele avalia ainda que esse tipo de procedimento cresceu porque houve um aumento de gestantes infectadas pela covid-19, o que pode fazer com que a gestação seja de risco.

Para o médico, é importante reforçar os exames de pré-natal para as gestantes neste período da pandemia. "É importante ressaltar que as mulheres devem continuar com o pré-natal de rotina e os exames complementares. Além disso, é importante as gestantes se vacinarem e tomarem os outros cuidados, como usa máscara e fazer distanciamento social".

OUTRO CASO


Um segundo caso de parto prematuro ocorreu com a produtora rural Flaviana Favaro, que deu à luz ao filho Vitor Leonardo quando estava com sete meses de gestação. Na época, ela foi diagnosticada com covid-19 e chegou a ser internada, com piora no quadro médico posteriormente.

Com isso, os médicos decidiram também antecipar o parto. Depois do filho nascer, ela ainda ficou intubada por 13 dias. "Nesse tempo, eu não sei o que se passou, não sei como fiquei. Para mim, quando acordei, foi como se acordasse no dia seguinte (à intubação)", disse.

Enquanto a mão estava internada, o bebê ficou aos cuidados da equipe médica, porque o restante da família também contraiu covid-19, mas com sintomas menos graves. Após o susto, Flaviana e Vitor Leonardo se recuperaram bem. (Com informações da EPTV Campinas).

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