Campinas estuda medidas contra quem escolhe vacina da covid-19
Reprodução: ACidade ON
Campinas estuda medidas contra quem escolhe vacina da covid-19

A Prefeitura de Campinas está estudando medidas contra os moradores da cidade que decidirem escolher a marca da vacina contra a covid-19 que querem receber na hora da imunização. Segundo a Administração, a porcentagem de desistência para algumas marcas está sendo analisada e, até o momento, não existe um balanço fechado para divulgação.

No estado de São Paulo, ao menos sete cidades estão adotando um protocolo especial para pessoas que recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 porque dão preferência a uma marca específica. Em Americana, Jales, Urupês, São José do Rio Preto, Rio Grande da Serra e Caieiras quem escolher qual vacina tomar deve assinar um termo de recusa do imunizante disponibilizado no dia.

Já as cidades de Guararema, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo adotaram a medida de colocar no fim da fila aqueles que se recusam a tomar vacina por motivos da "marca".

Em São Bernardo do Campo, no primeiro dia de adoção do método, o número de recusas caiu 90,99%. Das 222 recusas no dia 30 de junho, apenas 22 foram registradas no dia primeiro de julho.

Em Campinas, o vereador Gustavo Petta (PCdoB) protocolou um pedido nesta terça-feira (6) ao prefeito para que Campinas também coloque no final da fila os moradores que não aceitarem a vacina disponível no dia do agendamento. Com isso, essas pessoas tomariam a vacina apenas após a vacinação de todos os grupos previstos no PNI (Programa Nacional de Imunizações).


DEVISA

Sobre o caso, a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, disse que essa tentativa de tomar a vacina da marca preferencial prejudica o controle da doença e interfere no combate à pandemia.

"Quando a pessoa escolhe uma vacina, está escolhendo a doença. Isso porque está se submetendo ao risco de adoecer, de transmitir a doença, de ficar grave e eventualmente até evoluir ao óbito. Nesse momento, ela está abrindo mão da imunidade individual e interferindo na imunidade coletiva, porque quanto mais gente vacinada, mais chance de a gente conter a pandemia em menor espaço de tempo", pontuou Andrea em entrevista à EPTV.

Quando ocorre a recusa da vacina atualmente em Campinas, o morador fica sem o recebimento da vacina e com o agendamento desmarcado. Sobre a tentativa de escolher o fabricante, a diretora disse que é impossível a opção no momento da imunização.

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