Tudo começou há mais de 10 anos, quando Adriano Belloni era freelancer da EPTV. Ele iniciou como Cabo Man e em pouco mais de um ano foi contratado pela empresa como auxiliar técnico. Ele conta que a partir disso começou a aprender tudo que poderia para crescer na empresa, não demorando muito para virar técnico de unidade móvel.
"Já participei de muitos eventos pela EPTV como: SWU, Lollapalooza, campeonatos estaduais e brasileiro, fiz também copa das confederações (Brasília e Salvador), Mundial de Vôlei (Campinas, Jaraguá do Sul, Maringá e São Paulo) e em 2016 tive o prazer de participar das Olimpíadas no Brasil, no estádio do Mineirão em Belo Horizonte", conta Belloni. "Esse evento foi um divisor de águas, foi ali que com muito trabalho consegui reconhecimento em eventos internacionais", afirmou ele.
Para essa olimpíada, ele contou com a ajuda de um amigo de infância que também está em Tóquio. Ele afirma que a indicação é muito importante, significa que ele é alguém de confiança, já que é uma responsabilidade imensa fazer parte de um evento com tanta repercussão mundial. De acordo com Belloni, a ideia surgiu em uma conversa com um amigo que já tinha recebido o convite. Foi nesse momento em que ele começou a acreditar na possibilidade.
No entanto, em seu primeiro contato com o comitê organizador as esperanças desapareceram. Falaram para ele que não haveria possibilidade, pois já haviam contratado todas as pessoas necessárias, mas três meses depois o convite chegou. "Foi incrível a sensação de reconhecimento do meu trabalho, coisa que muitas vezes não temos. Aqui em Tóquio meu trabalho é montar a parte técnica de uma área chamada TOC, que é responsável por distribuir o sinal para todos o Right Holders e também ao IBC, garantindo assim um sinal perfeito para a transmissão", explicou o técnico, que apesar de já ter trabalhado nas Olimpíadas do Rio, ficou em uma venue distante do coração do evento. "Aqui eu estou bem no centro de tudo. Os japoneses são incríveis, nos tratam muito bem".
Sua experiência na EPTV o ajudou bastante a chegar nos bastidores das olimpíadas, pois foi onde ele aprendeu a parte técnica e conseguiu colocar em prática tudo que estudou para uma melhor gestão junto com seus colegas de trabalho.
"Além disso, busquei meu crescimento pessoal com cursos para estar preparado quando a oportunidade aparecesse. Digo que esse dinheiro que gastei com meu desenvolvimento foi o melhor investimento que fiz na minha vida. Mesmo sem ajuda para bancar os estudos, apertei o cinto, com ajuda da minha noiva e minha família para segurar as pontas e, quando menos esperava, o reconhecimento veio do outro lado do mundo", acrescentou Adriano, que hoje encontra-se no Japão, participando do evento esportivo mais importante do ano.