A onda intensa de frio e a geada da última semana afetaram a produção de verduras e legumes em várias cidades da região de Campinas. Com isso, a oferta caiu e o preço subiu. Na Ceasa (Central de Abastecimento de Campinas), a caixa de alguns produtos chegou a subir mais de 200% nos últimos dias.
A sensação dos consumidores é de que, na hora de colocar a sacola da feira na balança, a quantidade é menor mas o preço não para de aumentar.
Na banca da feirante Rosalina, ela comprava uma caixa de abobrinhas italianas para revender por cerca de R$ 70. Hoje, a mesma quantidade de produto está custando três vezes mais: o preço chega a R$ 210.
"Compro cada vez menos coisas", contou.
TERMÔMETRO DOS PREÇOS
O termômetro que mede a alta dos preços está justamente no clima. Isso porquê o frio histórico registrado na região destruíram muitas plantações. Os agricultores, por sua vez, tiveram que subir os preços.
Nos varejões, supermercados e feiras, o preço do quilo de alguns produtos como tomate e berinjela está em média 20% mais caro.
Para a aposentada Olinda Marchi, fazer feira está sendo cada vez mais difícil. "Estou levando a mesma quantidade e pagando bem mais caro", disse.
CENÁRIO AINDA MAIS CRÍTICO
Para os agricultores, a situação também não está positiva. São várias caixas vazias que representam o que o frio estragou. Quem sobrevive da venda desses alimentos espera um cenário ainda mais crítico para os próximos dias.
"A mandioquinha e a batata daqui 45 dias estão comprometidas. As coisas ainda vão ficar piores daqui pra frente. Infelizmente a situação vai piorar", disse o empresário Salomão Gomes.