Três aves feridas, sendo dois gaviões, um carcará e um cauda-branca, e uma coruja orelhuda, foram acolhidas com ferimentos e estão sendo cuidadas no Bosque dos Jequitibás
. As aves, capturadas e levadas pela Polícia Ambiental há alguns dias, estavam feridas com cerol e tiros de chumbinho e estão recebendo os tratamentos para a reabilitação
.
O veterinário do Bosque dos Jequitibás, Douglas Presotto, conta que as aves foram encontradas pela Polícia Ambiental, passaram por atendimento em clínicas veterinárias de parceiros voluntários, e estão em processo de reabilitação.
De acordo com o veterinário, o gavião-de-cauda-branca (Geranoaetus albicaudatus) e o gavião carcará (Caracara plancus) chegaram com lesão e fratura nas asas. Do gavião cauda-branca foi constatado, por radiografia, que o ferimento foi por chumbinho e do carcará, tudo indica que foi por cerol de pipa (vidro triturado colado à linha de pipas).
Os dois passaram por cirurgia ortopédica na asa e permanecem no Setor Extra do Zoológico do Bosque para reabilitação. A soltura desses gaviões será avaliada nas próximas semanas.
A coruja orelhuda (Asio clamator), segundo o veterinário Douglas, estava desnutrida e com ferimento grave na asa, provavelmente, também, por cerol de pipa. Pela gravidade do ferimento da coruja, foi necessário amputar a asa.
Neste caso, por ser uma ave de rapina que caça as presas durante o voo precisará viver em cativeiro, porque não tem mais condições de buscar alimento. O local onde a coruja viverá será definido, pode ser no Bosque dos Jequitibás ou em outro lugar.
PARCEIROS EM RESGATE E CUIDADOS
O Bosque dos Jequitibás desenvolve um trabalho fundamental em parceria com a Polícia Ambiental e os Bombeiros, ao acudir animais silvestres que tenham sofrido acidentes ou maus-tratos, oferecer cuidados para que sejam reabilitados e possam retornar à natureza.
O Bosque dos Jequitibás fica na Rua Coronel Quirino, 2, Bosque. É aberto ao público de terça-feira a domingo, das 6h às 18h.