A secretaria de Saúde de Campinas confirmou no começo da noite desta quarta-feira (8) que recebeu dois dos lotes da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, suspensos pela (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A pasta disse que entre 9 e 31 de agosto foram aplicadas 2.180 doses desses lotes. Não é esperado que ocorra qualquer reação adversa.
No entanto, em nota oficial, a secretaria afirmou que "as pessoas que sentirem algum desconforto devem procurar a unidade de saúde mais próxima e relatar o problema".
Além disso, as vacinas que ainda estavam nos centros de saúde foram recolhidas nesta quarta-feira (8). Os lotes suspensos que estavam em Campinas são: J202106033 e L202106048.
SUSPENSÃO
No sábado (4), a Anvisa determinou a interdição cautelar de lotes da Coronavac, proibindo a distribuição e uso de lotes que foram envasados em uma fábrica não aprovada na autorização de uso emergencial da vacina.
Em nota, a agência explicou que, nesse caso, "configura-se em produto não regularizado junto à Anvisa", necessitando de atuação imediata para "mitigar um possível risco sanitário" à população.
No dia, o Instituto Butantan que distribui a vacina no Brasil, esclareceu que a medida da Anvisa "não deve causar alarmismo".
"Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", explicou.
OS LOTES
De acordo com a Anvisa, o Instituto Butantan informou, ontem (3), que o laboratório chinês Sinovac, fabricante da Coronavac, enviou ao Brasil vacinas envasadas em uma unidade que não foi inspecionada, nem aprovada pela agência brasileira.
São 25 lotes com um total de 12.113.934 de doses do imunizante. Outros 17 lotes envasados no mesmo local, com 9 milhões de doses, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil.
DORIA
O governador de São Paulo, João Doria, disse hoje (8) que o estado não registrou qualquer intercorrência relacionada aos lotes da vacina Coronavac que foram suspensos pela Anvisa.
Ou seja, ele disse que não foram detectados quaisquer sintomas adversos nas pessoas que tomaram esse imunizante. Antes da suspensão, São Paulo já havia distribuído 4 milhões de doses desse imunizante. (Com informações da Agência Brasil).