Menino arrastado por carro é enterrado em Cosmópolis
Reprodução: ACidade ON
Menino arrastado por carro é enterrado em Cosmópolis

Foi sepultado na tarde desta segunda-feira (20), em Cosmópolis, o corpo de Alex Lacerda Pereira, de 7 anos. O menino foi atropelado e arrastado por um carro na noite de domingo (19), no Parque Residencial Andorinhas, no bairro Cidade Alta .

O enterro no cemitério municipal foi marcado por comoção e revolta. F amiliares e amigos vestiram camisetas com a foto da criança e os dizeres "o céu ganhou um anjo lindo que nossa família para sempre lembrará com tristeza e saudade".

De acordo com a Polícia Civil, o veículo Celta conduzido por Jaciane Roza da Silva, de 38 anos, desceu a rua desgovernado, subiu na calçada e arrastou e prensou o garoto contra um muro. A mulher não tinha CNH, confessou ter ingerido bebida alcoólica e foi detida pela polícia no local.

Após uma audiência de custódia, também na tarde desta segunda, ela recebeu liberdade provisória , segundo o Tribunal de Justiça, "sob o compromisso de comparecer a todos os atos do processo e não mudar de endereço".

O pai de Alex, Jorlam Pereira de Sousa, de 36 anos, pede justiça e conta que estava sentado com ele na calçada onde tudo aconteceu . "Presenciar e ver que é um filho amado seu, uma criança inocente e que tinha todo um futuro pela frente. Que a justiça seja feita e ela pague pelo que fez", desabafou.

O CASO

A ocorrência foi atendida pela Guarda Municipal na noite de ontem. A mãe do menino, que trabalha vendendo cachorro-quente, voltava do mercado quando o caso ocorreu. Já o pai presenciou o acidente.

"Eu estava do lado dele. Estava a uns dois metros do meu lado quando isso aconteceu. Estava lá e entrei no desespero. Foi uma cena muito forte, muito triste, que desejo que nenhum pai veja", afirmou o homem.

A motorista estaria voltando sozinha de uma festa na represa de Cosmópolis. Ela foi encontrada pelos guardas municipais na frente da própria casa, que fica na mesma rua . A mulher confessou que ingeriu bebida alcoólica e não tinha permissão para dirigir.

"Pedimos os documentos dela. Ela informou para a gente que não possuía CNH, não era habilitada. Disse que estava curtindo em um rio na cidade com a família e estava voltando para a casa. Ela informou que no momento que fez a curva da esquina para tentar entrar na garagem da casa dela, faltou freio no veículo. Ela tentou usar o freio de pedal, não funcionou e tentou usar o freio de mão e também teve falha o que levou o veículo a subir na calçada e atropelar a criança", afirmou o GM Rubens Henrique Giungi.

O local acidente passou por perícia. Revoltados, moradores apedrejaram o carro que atropelou a criança. O caso é investigado pela Polícia Civil da cidade e a motorista deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.


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