A Polícia Federal de Campinas deflagrou na manhã desta terça-feira (21) uma operação que apura fraudes em licitação na contratação de empresa para a montagem de dois hospitais de campanha em Paulínia.
Os crimes teriam acontecido entre abril e maio do ano passado. Segundo a PF, a contratação, que não chegou a ser finalizada, teria um desvio estimado em R$ 4 milhões.
Ao todo, 60 policiais federais cumprem hoje 14 mandados de busca e apreensão em Campinas, Paulínia, Sumaré, São José do Rio Preto e São Paulo.
Mandados também são cumpridos em Florianópolis e Biguaçu, cidades de Santa Catarina, em endereços ligados às pessoas físicas e jurídicas relacionadas à licitação fraudada, com o objetivo de colher provas e identificar todos os envolvidos.
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INVESTIGAÇÃO
Segundo a PF, a investigação foi iniciada a partir da abordagem de um caminhão suspeito de conter carga roubada, em abril do ano passado, e revelou uma série de indícios de irregularidades no processo licitatório aberto para selecionar e contratar empresa especializada em montagem de hospitais de campanha.
"Apesar da contratação não ter sido finalizada, a investigação demonstrou que isso se deu por circunstâncias alheias à vontade dos envolvidos, resultando configurado o crime de fraude à licitação, cuja pena é de 4 anos de prisão", disse a PF.
A operação foi denominada Carga Implosiva. O nome da operação, segundo a PF, é uma referência à carga encontrada dentro do caminhão estruturas metálicas para eventos abordado pela Polícia Civil e Guarda Municipal de Paulínia, que revelou os indícios da ação criminosa.