Estátua da Mãe Preta.
Luciana Antonio
Estátua da Mãe Preta.

Um projeto de pesquisa executado pela equipe da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em Campinas, mapeou 20 espaços considerados lugares de memória e cultura da Comunidade Negra da cidade. 

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Os dados reconhecem o patrimônio cultural presente no município e refletem a primeira etapa do projeto intitulado "Campinas Afro" . Ele foi apresentado pela Prefeitura de Campinas e aceito pelo MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo).

"Acho que a principal importância do projeto é que ele da visibilidade ao ativismo negro de Campinas, de uma história que vem desde o pós-abolição" disse uma das pesquisadoras do projeto, Ana Paula, que também é autora de uma dissertação de mestrado sobre um dos locais apontados.

Para o mapeamento, os espaços foram sugeridos pela própria Comunidade Negra de Campinas e elencados a partir de uma votação (veja todos os lugares abaixo).

Para Ana, "os 20 pontos mostram os vários desdobramentos que o ativismo negro teve na cidade, com pontos muitos marcantes, sendo que cada um tem sua contribuição para a história", completou.    

VEJA OS LUGARES MAPEADOS: 

- Antigo Museu do Negro;
- Armac (Associação dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região);
- Centro Cultural Recreativo Benedito Carlos Machado;
- Clube Machadinho;
- Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Campinas e Região;
- Largo São Benedito (Cemitério dos Escravizados);
- Jornal aos Brados;
- O Jornal da Comunicação Consciente;
- Instituto Cultural Babá Toloji;
- Bairro Barão Geraldo;
- História e o Túmulo do escravizado Toninho do Boi Falô e a Fazenda Santa Genebra;
- Corporação Musical Campineira dos Homens de Cor;
- Largo Santa Cruz;
- Escravo Elesbão;
- Jornal Getulino (Imprensa Negra Paulista);
- Igreja de São Benedito e Estátua da Mãe Preta;
- Lavagem da Escadaria da Catedral Metropolitana de Campinas;
- Colégio São Benedito;
- Casa Grande e Tulha;
- Casa de Cultura Fazenda Roseira - Comunidade Jongo Dito Ribeiro;
- Grupo de Danças Populares Urucungos, Puítas e Quijengues;
-Casa de Cultura Tainã, GCRES Rosa de Prata;
- Largo e Igreja do Rosário.   

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COMO FOI FEITA A PESQUISA

Cerca de 20 pessoas foram contratadas por meio de um edital público para participar do projeto, que contou com equipes compostas por pesquisadores, fotógrafos, documentaristas, apoio técnico, designer, editor de vídeo, entre outros. 

Segundo o relatório da pesquisa, foram realizadas entrevistas com os responsáveis e com as pessoas ligadas aos locais escolhidos, gerando horas de gravações que serão condensadas em um único material.

Os materiais produzidos serão entregue à Prefeitura de Campinas, ao Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas e ao Arquivo Edgard Leuenroth da Unicamp (Universidade Estadual de campinas).

O projeto tem a coordenação-geral de Milton Guran, antropólogo e mestre em comunicação social. Além da supervisão da professora Dra. Lúcia Helena Oliveira Silva, pesquisadora e professora de História da Unesp (História na Universidade Estadual Paulista).

Para a segundo etapa do projeto, já está previsto a criação de um site de divulgação pública para o material coletado.

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