Onça-parda na Ceasa pode ser um dos filhotes visto na Mata Santa Genebra
Reprodução: ACidade ON
Onça-parda na Ceasa pode ser um dos filhotes visto na Mata Santa Genebra

A onça-parda flagrada pelas câmeras do circuito interno da Ceasa (Central de Abastecimento de Campinas) na madrugada da última quinta-feira (21) pode ser um dos filhotes que apareceram em uma filmagem das câmeras da Mata Santa Genebra em julho deste ano. 

As imagens realizadas no interior da Mata há meses chamaram a atenção porque foram capturadas durante o dia, o que é raro, e registraram três filhotes de onça-parda brincando ao lado da mãe. 

O biólogo da Mata Santa Genebra, Thomaz Barrella, diz acreditar que a onça-parda vista pelas câmeras às 2h, na Ceasa, seja um dos filhotes filmados na Mata. "É grande a chance deste ser um dos filhotes flagrados pela câmera da Mata há cerca de três meses", disse. 

Segundo ele, o filhote fica com a fêmea por aproximadamente um ano, depois vai ficando mais independente. A partir daí, a cria busca um novo ambiente, longe da mãe. 

As imagens da Ceasa mostram o felino andando calmamente por corredores e escadas. O animal chega a olhar para dentro do banco, diante da porta de entrada. Ele veio dos fundos, justamente onde termina a central de compras e começa a Mata.  


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O biólogo viu ainda pegadas de onça no sentido contrário ao da Ceasa, na direção da divisa com a Fundação José Pedro de Oliveira, responsável pela Mata, o que reforça a suposição de que a onça-parda é moradora do fragmento de vegetação nativa. 

RISCO DE ATROPELAMENTO 

De acordo com Barrella, a s onças jovens, sem experiência, e que estão se desgarrando da mãe, têm uma chance maior de serem atropeladas. 

"Nosso grande medo é que quando o filhote se desgarra da mãe e precisa buscar uma nova área de mata, muitas vezes têm que cruzar as rodovias. No entorno da Mata têm as rodovias Dom Pedro I e a Zeferino Vaz, e os bichos estão sujeitos a atropelamentos", lamenta Barrella. 


Segundo ele, corredores ecológicos construídos e devidamente formados ajudam a fauna a ter um ambiente seguro. "Estes bichos não gostam de se expor, costumam fugir quando se deparam com uma pessoa. Eles não atacam, a não ser que se sintam ameaçados, e estão aparecendo por conta da expansão urbana", completou.

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