A região de Campinas terá equipamentos chamados de "anti-drone" para evitar entregas de drogas e celulares em presídios.
Os equipamentos, de origem australiana, são capazes de interceptar drones a uma distância de mais de 1 mil metros.
De acordo com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), as "armas" interferem no link de dados, fazendo com que a comunicação entre o infrator que opera e o drone seja interrompida.
Com isso, o profissional operador do "anti-drone" assuma imediatamente o seu controle, podendo fazê-lo voltar à origem, forçar sua descida ou mantê-lo em voo estacionário.
Apesar de não ter um levantamento de apreensões do tipo a SAP informou que esse modelo de entrada de drogas e celulares em presidio tem aumentado. Em abril de 2020, agentes do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Campinas apreenderam, um drone com cocaína e maconha. O equipamento foi enviado carregado com drogas para a cadeia (leia mais abaixo).
O EQUIPAMENTO
O equipamento pesa cerca de sete quilos e funciona com bateria com duração de até duas horas cada. Segundo a SAP, ele emite uma onda com dois metros de largura e que pode chegar até quatro quilômetros de distância quando não há obstáculos.
De acordo com a Secretaria, equipes específicas foram treinadas para operar o aparelho australiano. Por questões de segurança, o número de equipamentos e em quais presídios da região eles atuarão não foram divulgados.
"Uma das vantagens deste dispositivo é sua portabilidade, que permite pronto emprego e fácil transporte para qualquer local, além de contribuir com o aprimoramento do trabalho dos profissionais da SAP", explicou o secretário da Administração Penitenciária, Coronel Nivaldo Cesar Restivo.
Segundo ele, a tecnologia tem sido cada vez mais aplicada dentro das prisões de São Paulo, auxiliando sobremaneira na manutenção das condições de estabilidade, segurança e disciplina do sistema.
FLAGRANTE
Em abril do ano passado, agentes do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Campinas apreenderam um drone com cocaína e maconha.
O equipamento foi enviado carregando drogas para a cadeia.
Ninguém foi preso na época. Ainda segundo a SAP, o aparelho ficou preso na tela de proteção entre as torres II e III da unidade e continha invólucros com cocaína e maconha.