Após uma decisão do TJM-SP (Tribunal de Justiça Militar do estado de São Paulo), 11 policiais militares foram presos preventivamente em Campinas suspeitos de uma série de crimes.
Entre eles, conforme o juiz Ronaldo João Roth, "causar a morte de inocentes apenas com a intenção de satisfazer o desejo pessoal de liquidar pessoas, coagir testemunhas e fraudar locais de crime".
Para Roth, a prisão preventiva é necessária devido à periculosidade do grupo e para evitar danos às investigações. "Na condição de policiais militares, se afastaram de seu dever funcional, quando ameaçam, interceptam ilegalmente civis, inovam locais de crime, e se integram a grupo avesso à autoridade e à disciplina militar", diz o texto dele.
A decisão resultou na operação da Corregedoria da PM na terça (23) e os investigados tiveram a prisão mantida após audiência de custódia nesta quarta (24). Eles foram levados ao Presídio Militar Romão Gomes.
De acordo com o 2º promotor de Justiça Militar Edson Correa Batista, ao menos dois homicídios teriam elo com o grupo. Ele também explica que os policiais são de dois batalhões do município.
ETAPAS
Batista explica que os autos do processo retornaram para a Corregedoria, que terá 20 dias para concluir as investigações e fornecer um relatório sobre os fatos e a participação dos policiais.
"Depois da conclusão da investigação, eu avalio se ofereço a denúncia, peço o arquivamento ou posso até mesmo pedir novas diligências. Os presos são dos dois batalhões", reforçou ele.