Denúncias sobre combustível adulterado sobem 12% em 10 meses
Reprodução: ACidade ON
Denúncias sobre combustível adulterado sobem 12% em 10 meses

De acordo com os dados do Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo), o total de denúncias sobre adulteração de combustíveis na região de Campinas cresceu 12% de janeiro a outubro em relação aos 12 meses do ano passado.

Além de Campinas, o balanço considera outros 30 municípios (veja a lista abaixo). Entre eles, Paulínia, Indaiatuba, Valinhos, Vinhedo, Sumaré, Hortolândia, Itatiba, Pedreira e Jaguariúna, que compõem a RMC (Região Metropolitana de Campinas).

Conforme os números, 2021 registrou até outubro 105 comunicações sobre irregularidades em postos de combustíveis. Ao longo de 2020, foram 93 denúncias. O índice alcançado neste ano também superou o de 2019, com 91 chamados.

As denúncias podem ser feitas pelo telefone da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis): 0800-970-0267. O contato pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e também pelo site anp.gov.br .

OPERAÇÃO

Com base em denúncias, no dia 6 de novembro, dois postos que ficam no Centro de Campinas e no Taquaral foram lacrados e multados durante uma fiscalização do Ipem-SP. A ação ocorreu em conjunto com a ANP e a Polícia Civil.

DANOS

A adulteração afeta o funcionamento dos veículos e causa prejuízos aos proprietários. O mecânico Cristiano Baruco Freitas diz que atende semanalmente, em média, 10 clientes com problemas causados por combustíveis adulterados . Ele cita como exemplo uma vela que ficou oxidada por excesso de água na mistura.

"Com muita água no combustível, a vela enferruja e a queima de combustível não fica boa. Além da vela, bobina também estraga, assim como a o cabo de vela e, principalmente, a bomba de combustível", explica.

Além disso, por ser de pior qualidade, o produto também dura menos e, com isso, os donos de carros e motoristas precisam ir mais vezes aos estabelecimento s e devem ficar atentos se o consumo está dentro do esperado.

Segundo o presidente do Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas), Flávio Campos, a entidade criou um programa de monitoramento de qualidade para verificar o diesel, a gasolina e o etanol fornecidos nos 800 postos credenciados em toda a região metropolitana. 

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"Nem todos os parâmetros especificados pela ANP podem ser observados ao retirar da bomba. Então, vai pro laboratório pra gente ter a certeza que está em ordem. A orientação é para que se fecha a bomba se houver desconformidade", afirma.



DICAS

Para evitar prejuízos, o motorista deve abastecer o veículo no mesmo posto. Além disso, também deve desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Outra recomendação é exigir a guardar a nota fiscal para reclamar à ANP.

LEVANTAMENTO

Os dados do Ipem-SP envolvem 31 cidades: Águas de Lindoia, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Campinas, Campo Limpo Paulista, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Lindoia, Louveira, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Paulínia, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Várzea Paulista e Vinhedo.

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