A Prefeitura de Campinas assinou na manhã desta terça-feira (30) o contrato do acordo para venda de água ao município de Valinhos, cidade vizinha que enfrenta racionamento de água desde agosto. 
                      
                      
Segundo a Administração, a parceria foi firmada com a intenção de ajudar na segurança hídrica do município vizinho. O fornecimento de água será feito por meio da interligação de rede entre adutoras da cidade.                       
                      
A previsão é que a transferência de água comece em até dois dias.                       Com ele, a prefeitura de Valinhos informou que poderá encerrar o racionamento na cidade que vem ocorrendo há três meses
 (leia mais abaixo).                       
                      
                      O ACORDO 
                      
                      
O acordo entre as prefeituras havia                       sido anunciado em outubro
, época em que a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento) afirmou estar em tratativas com Valinhos. No entanto, a oficialização do contrato dependia ainda de análise técnica.                       
                      
Segundo a Prefeitura de Campinas,                       a destinação de água para Valinhos não deve afetar o fornecimento de água na cidade. 
                      
                      
O acordo prevê a destinação de 25 litros de água por segundo, com contrato total de até 800 milhões de litros. O contrato tem duração de 36 meses ou até que a cidade consuma o total de água disponibilizada. 
A interligação será realizada na altura do Condomínio Vista Valley, em Valinhos, e o bairro Vila Formosa, em Campinas, sob o Anel Viário José Roberto Magalhães Teixeira.                       
                      
                      SEM LUCRO 
                      
                      
Durante o anúncio da medida, a Prefeitura de Campinas                       afirmou que água será vendida pelo preço de compra com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).                         
                      
                      
"O que estamos fazendo é repassar pelo custo que a gente tem, sem interesse de ter nenhum lucro ou ganhar em cima", afirmou o prefeito Dário Saadi (Republicanos). "Entendemos que Campinas faz o que deveria fazer. Dentro da possibilidade", acrescentou.                       
                      
Segundo o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães, o valor cobrado será de R$ 4,80 por metro cúbico,                       com previsão de custo de R$ 300 mil por mês. 
                      
                      
                      FIM DO RACIONAMENTO 
                      
                      
Segundo a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara (PSD), com a parceria será possível por fim no rodízio de água feito entre os bairros da cidade.                       
                      
"Em dois dias será feito o que falta para iniciar a captação. Segundo os técnicos, o volume captado será suficiente para que Valinhos saia da necessidade de racionamento. Fica minha gratidão", disse a prefeita de Valinhos, capitã Lucimara.
                      
                      
Segundo o presidente do Daev (Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos), o racionamento foi necessário pela gravidade da crise hídrica enfrentada na cidade.                       
                      
"Tivemos uma diminuição de captação de água dos manaciais internos, o que levou a necessidade de implantar um racionamento de que perdura desde 27 de agosto" afirmou, agradecendo a parceria de Campinas.                       
                      
"Essa parceria com a Sanasa vem de certa forma parra amenizar a necessidade que temos de suprir o abastecimento da população. Obviamente não consegue atender a toda demanda mas ameniza e possibilita coibir que o racionamento perdure por um longo tempo maior ou prevenir que aconteça numa", acrescentou Ivair Pereira.