Professor foi agredido por pai de aluno dentro da sala de aula.
Reprodução de vídeo
Professor foi agredido por pai de aluno dentro da sala de aula.


Um professor de uma escola estadual de Sumaré foi agredido pelo pai de uma aluna. As agressões teriam acontecido após a estudante ter relatado à família sofrer assédio pelo docente. O caso aconteceu em uma escola no bairro Jardim Nova Esperança.

Um vídeo gravado por uma aluna e publicado nas redes sociais mostra o momento da agressão, que aconteceu dentro da sala de aula. O homem, transtornado, invadiu a escola e atingiu o professor com socos e chutes. Imagens mostram o momento em que ele tenta ser contido por estudantes e outros professores.

Um dos colegas que tentava proteger o educador também recebeu um golpe e caiu no chão. Outro vídeo mostra o professor após ser espancado, com ferimentos no rosto e braços e todo ensanguentado.

Equipes da Guarda Municipal chegaram ao local após denúncia de vizinhos. Os professores foram socorridos por médicos do resgate ainda na escola e encaminhados para um hospital da cidade. 

Um boletim de ocorrência foi registrado por lesão corporal e outro por assédio sexual consumado. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. 

Procurados, os representantes da escola e o professor envolvido não quiseram falar sobre o caso. Em nota, a secretaria de Educação do Estado, repudiou toda e qualquer forma de assédio e agressão dentro ou fora do ambiente escolar, e disse que o professor foi está afastado por sete dias,por conta de licença médica. A secretaria de Educação ainda afirmou que apura o caso (veja a nota completa abaixo).

A DENÚNCIA

O pai da estudante, de 14 anos, foi até a escola após a filha chamar a família, dizendo que tinha sido assediada pelo professor.

"Hoje na nossa sala a gente estava conversando entre eu e as meninas, e ai ele [o professor] acabou falando que se não tivesse casado ele transaria comigo. Eu fingi que não tinha ouvido, e ele falou de novo. Ai eu fiquei parada, assim, porque eu fiquei em choque né?", disse a menina em depoimento à EPTV.

Segundo ela, o assédio teria sido contado para a diretora e coordenadora, mas nenhuma delas tomou alguma atitude.

"Eu não estava conseguindo ficar na sala, ai eu fui pro banheiro, liguei pra minha mãe chorando, tava desesperada, e ela me ligou, falou com meu pai e eu mandei um áudio pra ele de dentro do banheiro, depois eu fui na sala pegar minha mochila e fui pro pátio, quando meu pai chegou".

A adolescente diz ainda que não foi a primeira vez que foi assediada, e que casos também aconteceram com outras colegas.

"Não é a primeira vez que acontece isso, nem só comigo, mas também com outras meninas e não só da minha sala. Não dele falar isso, mas de passar a mão no cabelo, ficar apertando nossa perna, relar na nossa cintura, tenho uma intimidade que não existe entre ele e as alunas.

Em entrevista, o pai disse que sabe que a atitude não foi correta, mas alega a violência por querer justiça.

"Correto não foi, porque mesmo a gente estando certo a gente agrediu, perdeu a razão né? Mas como pai a gente quer que a justiça seja feita né?", disse.



O QUE DIZ O ESTADO

Em nota, a secretaria de Estado da Educação afirmou que repudia toda e qualquer forma de assédio e agressão dentro ou fora do ambiente escolar. 

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Veja a nota completa abaixo:

"A Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Limeira junto à escola irá averiguar o fato para a conclusão assertiva do caso. Todos os lados serão ouvidos e tão logo sejam concluídas as apurações, as providências administrativas serão tomadas.

A equipe do Conviva, programa de convivência e segurança da Seduc-SP, e o caso foi registrado no Placon, sistema do programa que tem como principal objetivo monitorar a rotina das escolas da rede estadual. A unidade escolar também colocará à disposição da aluna a assistência do Programa Psicólogos na Educação, se for autorizado por seus responsáveis.

A escola e a DRE estão à disposição para prestar esclarecimentos à comunidade escolar e autoridades".

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