Campinas teve 801 milímetros de chuva de janeiro até esta segunda-feira (13). O índice, segundo a Somar Meteorologia, é 11% menor do que o registrado em 2014, ano da crise hídrica, quando a precipitação no município foi de 901 milímetros. Sumaré e Indaiatuba também registram índices mais baixos (veja mais abaixo).
A meteorologista da Somar, Ana Clara Marques, prevê a baixa até o ano que vem. "São duas oscilações de longo prazo, uma no Pacífico e outra no Atlântico norte. Nesse momento, as duas oscilações estão em fase contribuindo pra diminuição da chuva na região de Campinas. E esse é um padrão que vai seguir em 2022", diz.
Ainda de acordo com a Somar, esses baixos índices tem sido registrados cada vez menores nos últimos cinco verões e os esquema de racionamento em cidades da região, como Valinhos e Vinhedo, mostram que será preciso reforçar os cuidados.
O coordenador de projetos do Consórcio PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que representa a bacias dos rios da região, José Cezar Saad, acredita que houve aprendizado com as dificuldades, medidas e os desafios da crise hídrica de 2014.
"Nós temos municípios que tiveram que fazer uso de água de cava de mineração no período mais seco do ano. Foi o caso de Cordeirópolis. Outros tiveram que fazer rodízio. Valinhos e Vinhedo sofreram muito com esse período de estiagem", afirma.
Em Indaiatuba, a diferença foi de 9,2%: caiu de 851 milímetros em 2014 para 773 mm entre janeiro e o último dia 13 de dezembro. Em Sumaré, a queda foi ainda maior: a cidade saiu de 798 mm para 625 milímetros, diminuição de 20,4%.