O faturamento do comércio na Região Metropolitana de Campinas,
em novembro de 2021, foi de R$ 3,1 bilhões, o que representa uma redução de 0,91% se comparado ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, as vendas online
cresceram 28%, puxadas principalmente pela Black Friday. Os dados são da Boa Vista e foram divulgados pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) na semana passada.
Em novembro deste ano, o faturamento do comércio na RMC foi de R$ 3,1 bilhões, o equivalente a cerca de 99,09% do total faturado no mesmo mês, em 2020 (redução de 0,91%). Já as vendas de e-commerce, em decorrência da Black Friday, cresceram 28%, saltando de R$ R$ 636,6 milhões, em novembro de 2020, para R$ 815 milhões este ano.
Em Campinas, as lojas físicas registraram faturamento de R$ 1,3 bilhão, em novembro, o que representa 99,09% do faturamento de novembro de 2020. Em relação a outubro deste ano, o menor resultado de outubro dos últimos dez anos na cidade, houve elevação de 8,21%.
MAIORES PERDAS E GANHOS
Os setores que mais se destacaram em novembro no segmento de "bens não duráveis" foram "supermercados'', com
crescimento de 8,5%, "postos de combustíveis", que evoluíram 8,1% e "Drogarias e Farmácias", com expansão de 3,95%.
No segmento de "bens duráveis", o setor de "materiais de construção'' expandiu em 4,2%, enquanto que o de "vestuário" recuou 0,9% em novembro de 2021. Já os setores de "serviços", "turismo" e "transportes" apresentaram redução de 1,5% e o de "bares e restaurantes" evoluiu 0,45% no mês.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência em Campinas, cresceu 1,9% em novembro de 2021 se comparado com o mesmo período do ano passado. Foram gerados 225.637 carnês/boletos não pagos, que correspondem a R$ 178,2 milhões em valores de endividamentos dos consumidores no município. As informações são do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
O economista Laerte Martins explica que a pequena redução nas atividades do varejo em novembro, apesar da intensificação do plano de imunização contra a covid-19, se deve a fatores como o agravamento da inflação, que distorce os principais indicadores econômicos e reduz fortemente o poder de compra do consumidor.
"A forte elevação dos preços dos produtos, principalmente de primeiras necessidades, continua a provocar o retorno da inflação que atingiu 10,78% em relação aos últimos 12 meses, alcançando a marca de 2 dígitos. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, a taxa já atinge os 9,26%. Com isso, os juros se elevam, por meio da Selic, o real se desvaloriza e o câmbio se eleva, resultando na já citada perda do poder de compra do consumidor", esclareceu Martins.
No entanto, Laerte Martins ressalta que o trimestre, entre outubro e dezembro, é o mais dinâmico do varejo, que conta com as vendas do Dia das Crianças, da Black Friday e do Natal.
"A injeção de R$ 3,8 bilhões referentes ao 13º salário, na RMC, entre novembro e dezembro, deve melhorar um pouco o poder de compra. Em 2020, foram injetados, em nível nacional, cerca de R$ 208 bilhões e, agora em 2021, estão previstos R$ 215 bilhões, 3,4% acima do 13º Salário de 2020", esclarece o economista da Acic.