A Rede Mário Gatti informou nesta terça-feira (25) que instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta da equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) durante o atendimento que resultou na morte de uma idosa.
Antônia da Cunha Dias, de 89 anos, morreu na madrugada de hoje após cair de uma maca do Samu .
A queda aconteceu no Jardim Paulicéia, depois de uma emergência na casa da aposentada. Um dos filhos contou que a vítima se engasgou e quando o irmão tentou socorrer, ela acabou quebrando a perna.
O Samu foi acionado para socorrer a vítima, mas ao passar pelo portão da casa, no caminho da ambulância, a idosa caiu da maca em um ponto de desnível.
Segundo a Rede Mário Gatti, o corpo foi encaminhado ao IML e a Rede aguarda o laudo sobre a causa da morte.
A pasta disse ainda que durante o atendimento "todo apoio e orientação foram prestados pelas equipes", e lamentou o ocorrido, afirmando que presta todas as informações e assistência à família.
A Polícia Militar foi acionada e ouviu no local a equipe que atendeu a senhora. A família prestou depoimento na 2ª Delegacia Seccional de Campinas, onde o caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
PROCEDIMENTO INCORRETO
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Um dos filhos da idosa, que preferiu não se identificar, conta que suspeita que o procedimento não tenha sido feito corretamente.
"O pessoal do Samu demorou um pouco, eles entraram lá, puseram ela naquela prancha e no percurso da casa até a ambulância ela caiu na calçada. Aparentemente eles não colocaram o cinto, ela escorregou e caiu de cabeça", relatou, contando que logo após a queda a idosa já começaram as tentativas para ressuscitação.
"Eu corri pra ajudar a colocar de volta na maca, ai que eles correram também, levaram ela pra ambulância e vi que começaram as manobras de ressuscitação, mas já era tarde, ela já tinha falecido", contou.
Segundo os familiares, os profissionais recolheram a vítima e uma outra equipe do Samu também foi acionada para tentar reanimar a idosa, mas ela não resistiu e morreu na ambulância.
Os familiares afirmam ainda que a tentativa dos responsáveis é de tentar amenizar a responsabilidade da queda na morte.
"Eu tenho certeza que foi traumatismo craniano, ela não morreu de causa natural como estão querendo colocar ai. Apesar dos problemas de saúde, ela era forte", afirmou um dos filhos.