A intubação durante a anestesia geral
Reprodução: ACidade ON
A intubação durante a anestesia geral



A intubação orotraqueal, mais conhecida apenas como intubação, é o procedimento indicado para garantir a segurança do paciente e a função respiratória durante a anestesia geral. Ela é fundamental para dar suporte ventilatório e garantir a manutenção da vida do paciente enquanto está anestesiado. Nesse período, ele fica incapaz de movimentar os músculos que envolvem a função da respiração.

Para executar a intubação, o médico insere um tubo que vai da boca do paciente até a traqueia, com o objetivo de manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ainda conectado a um respirador, equipamento que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões. 

A anestesia geral é administrada geralmente por via endovenosa e inalatória (exclusivo ou combinado) e atua no bloqueio dos estímulos no sistema nervoso central. Além do bloqueio da dor, a anestesia geral causa outras alterações que são importantes durante o procedimento cirúrgico, como o relaxamento muscular, a hipnose e a amnésia. 

O relaxamento muscular impede que o paciente se movimente, mesmo que involuntariamente. Isso poderia levar a erros do cirurgião e causar lesões durante o procedimento.

A hipnose se refere a um sono profundo, que pode ser definido como um coma induzido. Ela auxilia no processo porque permite que o paciente não sinta dor durante a operação.

Por fim, a amnésia faz com que o paciente não tenha recordações dos procedimentos durante a cirurgia.

Este procedimento só deve ser feito por um médico profissional de saúde capacitado e em local com equipamentos adequados, como hospitais, já que existe risco de causar lesões graves na via aérea.

O paciente intubado está consciente?
Os pacientes intubados são mantidos inconscientes e estão em sono profundo (coma induzido) principalmente para tornar o processo mais confortável e evitar que o tubo seja removido, o que poderia causar graves lesões na via aérea.
No entanto, o tubo geralmente é retirado com a pessoa acordada e esse é um processo que deve ser muito bem avaliado pelo médico, pois é importante garantir vários parâmetros, como a correta oxigenação do sangue, antes de acordar a pessoa.

Podem existir complicações durante a intubação?
Como qualquer procedimento médico, existem riscos de complicações. No caso da intubação orotraqueal, a colocação do tubo em posição errada é o problema que tem maior chance de ocorrência. Neste caso, o ar não será enviado para o pulmão, mas para outros órgãos como esôfago e estômago, resultando em falta de oxigenação ao paciente.

Outras complicações podem ocorrer, como lesões nas vias respiratórias, sangramentos e risco de aspiração de conteúdo do estômago (vômito) para os pulmões.

Gabriel Redondano - é médico-anestesista, tem título Superior em Anestesiologia/TSA e título Europeu em Anestesia e Terapia Intensiva (EDAIC), tem Certificado de Atuação na Área da DOR (CAAD), Pós-graduado em Terapia Intensiva e Anestesia em Pacientes de Alto Risco, tem MBA em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde e é Coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital Campinas

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