A secretaria de Educação de Campinas informou que todas as creches e escolas municipais tiveram suas atividades retomadas nesta terça-feira (15). A volta acontece após quase uma semana de impasses, com paralisação contínua de funcionários de uma empresa terceirizada, que presta serviço de limpeza nas unidades. Os funcionários alegavam falta de pagamento e benefícios.
Ontem (14), funcionários fizeram uma nova paralisação, com protesto em frente à Prefeitura. Em meio à greve, a Administração disse que "deu um ultimato" na empresa, e avaliava o rompimento do contrato . A Administração também autuou e notificou a empresa, que pode ser multada em até R$ 250 mil.
Segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores retomaram ao trabalho hoje, mas ainda há cobrança por pagamentos que não foram depositados.
A PARALISAÇÃO
A greve, que ocorre desde quarta-feira, afetou creches e escolas de ensino básico. Os funcionários das escolas acusam a Especialy, empresa terceirizada, de não honrar com as obrigações trabalhistas, apontando o não pagamento do FGTS, atrasos nos benefícios e também nos salários. A empresa é contratada para prestar serviço de limpeza em 208 unidades da rede pública da Educação.
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Ao longo dos dois últimos dias, os funcionários fizeram atos cobrando soluções da Prefeitura e acusando a empresa e não honrar com a data dos vencimentos.
Ontem, a paralisação atingiu 61 unidades, sendo que 37 delas pararam totalmente e 24 parcialmente. Na quinta-feira 125 unidades foram afetadas , e na sexta, mesmo com a promessa de solução da Prefeitura, seis ficaram sem aulas .
A Prefeitura em nota que os repasses estão em dia para a empresa - que teve os recursos bloqueados devido a uma ação judicial. Ontem, a Administração anunciou que avalia romper o contrato com a empresa.
O contrato com a Especialy foi firmado em outubro de 2021 e a empresa possui cerca de 700 funcionários. O repasse mensal da Prefeitura é de R$ 2.580.303,30.