O impasse no pagamento do Cartão Nutrir, o vale-alimentação da Prefeitura de Campinas, está afetando 16.280 famílias da cidade. Isso ocorreu após a Administração suspender o contrato com a empresa, que não cumpriu com as exigências estabelecidas no processo de licitação.
Com isso, os pagamentos do benefício para os próximos meses ainda estão indefinidos. A Prefeitura informou que a expectativa é conseguir pagar os valores retroativos, mas ainda não sabe quando vai acontecer (leia mais abaixo).
"Faz uns três meses que recebo, só que neste mês não caiu. Estava marcado no aplicativo que ia cair dia 7, mas não caiu", disse a dona de casa Jucélia França.
COMO FUNCIONA?
O benefício mensal é concedido atualmente a cerca de 22,7 mil famílias socialmente vulneráveis.
O crédito de R$ 109,42 do Cartão Nutrir é para famílias que tenham renda mensal per capita de até R$ 231,46.
O grupo familiar também deve ter criança ou adolescente de até 15 anos, idosos ou pessoa com deficiência.
ENTENDA O CANCELAMENTO
A suspensão do contrato da empresa fornecedora do Cartão Nutrir Emergencial ocorreu no dia 21 de fevereiro
. A mudança foi publicada hoje no Diário Oficial.
Segundo a Prefeitura, a empresa Le Card não atendeu a exigência de oferecer 800 estabelecimentos distribuídos pelas regiões do município, o que dificultava a aquisição de alimentos pelos usuários. A empresa era responsável pelo pagamento desde agosto do ano passado.
Na época, de acordo com a Administração, houve notificação da segunda empresa colocada. Ainda segundo a Prefeitura, seriam chamadas as demais empresas classificadas no processo licitatório, na ordem de classificação, para que se manifestassem sobre o interesse em firmar contrato de administração e fornecimento do cartão auxílio alimentação.
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PREFEITURA
Em nota, por meio da secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, a Prefeitura informou que "a expectativa é conseguir pagar retroativo o valor que não for recebido, mas ainda não pode afirmar. Estamos fazendo tudo no sentido das famílias receberem o retroativo, mas isso não está consolidado ainda".
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