Servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começaram uma paralisação nesta quarta-feira (23), que já afeta agências da região de Campinas.
Ainda não há previsão da duração do ato.
O sindicato responsável pela categoria, Sinsprev (Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo), afirmou que em Campinas os trabalhadores aderiram ao movimento nas duas agências da cidade.
No caso da agência da Avenida das Amoreiras, no Chácaras Campos Elíseos, houve fechamento da unidade e os serviços foram suspensos. Já na agência do Centro, na Avenida Barreto Leme, a paralisação é parcial e as perícias médicas estão mantidas.
Na região, segundo o sindicato, houve fechamento da agência de Hortolândia. Já as unidades de Sumaré e Santa Bárbara dOeste devem aderir ao ato a partir de amanhã (24).
Na agência de Hortolândia, a unidade segue com aviso de que não haverá atendimento presencial na data de hoje, por causa da paralisação, sugerindo ainda que os serviços sejam reagendados.
Segundo o sindicato, a paralisação é parcial e até o momento cerca de 50% dos trabalhadores aderiram ao ato.
A greve é mobilizada pela Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), mas o alcance da paralisação ainda depende da adesão das bases organizadas em cada estado, e foi decretada no dia 16 de março.
MOTIVAÇÕES
Segundo o Sinsprev, o ato visa reposição salarial emergencial de 19,9%. O sindicato também pede melhores condições de trabalho, realização de um novo concurso e diz ser "contra o desmonte do serviço público".
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Em carta aberta, o sindicato cita que os trabalhadores do INSS estão há 5 anos sem reposição das perdas salariais devido à inflação, e que o instituto perdeu aproximadamente 50% do seu quadro de servidores nos últimos anos.
"O atual quadro de funcionários é insuficiente para dar conta da demanda de um órgão do tamanho do INSS. Hoje, são aproximadamente 18 mil trabalhadores ativos, e quase 23 mil postos de trabalho vagos que o Governo poderia preencher realizando concurso público", diz a nota.
O QUE DIZ O INSS?
Procurado pela reportagem, o INSS ainda não se manifestou sobre a greve e não informou quantas unidades foram afetadas com a paralisação.