A paralisação de servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) continua nesta quinta-feira (24), e ainda afeta agências da região de Campinas. Ainda não há previsão para fim da greve.
Ontem (23) a paralisação fechou a agência da Avenida das Amoreiras, no bairro Chácaras Campos Elíseos, em Campinas. A unidade continua fechada nesta quinta.
Já na unidade do Centro, na Avenida Barreto Leme, assim como ontem a paralisação é parcial, aderida por cerca de 50% dos servidores. As perícias médicas estão mantidas, sendo que os médicos não participam do ato.
NA REGIÃO
Na região, desde ontem a agência de Hortolândia, segue fechada. Hoje o sindicato da categoria também confirmou a adesão de funcionários unidade de Sumaré. Em Sumaré, 100% dos funcionários presenciais e em teletrabalho estão paralisados. Na cidade, a agência está com funcionamento parcial para os serviços agendados.
Segundo o Sinsprev (Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo), médicos peritos, estagiários e militares que trabalham nas unidades seguem trabalhando.
As demais unidades da gerência regional de Campinas tiveram funcionamento normal durante a manhã desta quinta, mas reuniões com os servidores devem ocorrer à tarde e um ato está programado para esta sexta (25) na capital paulista.
A greve é mobilizada pela Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), mas o alcance da paralisação ainda depende da adesão das bases organizadas em cada estado, e foi decretada no dia 16 de março.
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MOTIVAÇÕES
Segundo o Sinsprev, o ato visa reposição salarial emergencial de 19,9%. O sindicato também pede melhores condições de trabalho, realização de um novo concurso e diz ser "contra o desmonte do serviço público".
Em carta aberta, o sindicato cita que os trabalhadores do INSS estão há 5 anos sem reposição das perdas salariais devido à inflação, e que o instituto perdeu aproximadamente 50% do seu quadro de servidores nos últimos anos.
"O atual quadro de funcionários é insuficiente para dar conta da demanda de um órgão do tamanho do INSS. Hoje, são aproximadamente 18 mil trabalhadores ativos, e quase 23 mil postos de trabalho vagos que o Governo poderia preencher realizando concurso público", diz a nota.
O QUE DIZ O INSS?
Procurado pela reportagem, o INSS ainda não se manifestou sobre a greve e não informou quantas unidades foram afetadas com a paralisação.