Ovos de páscoa terão os preços impactados.
Amanda Rocha/ACidadeOn
Ovos de páscoa terão os preços impactados.

Campinas deve criar 340 postos temporários de trabalho no período da Páscoa. O total esperado é 120,7% maior dos que as 154 vagas oferecidas em 2021.

Os dados são da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), que prevê também um aumento de 7,95% no faturamento do comércio na data.

De acordo com o economista da entidade, Laerte Martins, as vendas devem saltar de R$ 132 milhões para R$ 142,5 milhões, cifra que poderia ser maior se os impactos da Ucrânia pela Rússia não fossem significativos (veja mais abaixo).

"Com o impacto do dólar e da inflação alta, o preço dos ovos e matérias primas, bem como os produtos alimentícios importados, apresentam uma elevação em torno de 5,5%, o que implica na perda do poder de compra", defende Martins.

NA RMC

Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), a expectativa é de 120,60% de aumento no total de contratações temporárias. Enquanto em 2021 foram contratados 306 trabalhadores, em 2022 a previsão é de que 675 vagas.

Já as vendas na Páscoa deste ano devem atingir, de acordo com o balanço divulgado pela associação comercial, R$ 300,2 milhões, o que representa um aumento de 8,01% em comparação aos R$ 278 milhões faturados em 2021.

"Espera-se ainda que o tíquete médio das compras seja 4,55% maior em 2022, passando dos R$ 110 obtidos em 2021 para R$ 115 este ano. O e-commerce deve faturar R$ 68 milhões, 19,3% sobre os R$ 57 milhões de 2021", diz o texto.

PRÉ-PANDEMIA

Na comparação com 2019, último ano antes da pandemia, a comercialização de ovos de Páscoa e chocolates, no geral, deverá ser 6,50% inferior, o que significa uma redução de 202 toneladas que deixarão de ser vendidas em 2022.

Ainda comparando as vendas previstas na Páscoa deste ano com o período pré-pandemia, o volume nas próximas semanas deve representar redução de 43,7%. Martins também pondera sobre as oportunidades de trabalho para a data.

"No ano passado, estávamos na chamada fase emergencial devido à segunda onda. O efeito foi tão impactante que o comércio, praticamente, não contratou. A perspectiva é muito baixa, apesar da expansão de 120% sobre 2021", explica.

Ainda de acordo com ele, para esta Páscoa a redução dos efeitos da pandemia, motivada principalmente pela vacinação em massa da população, promete vendas mais positivas que as duas datas anteriores, em 2020 e 2021.

A GUERRA

Apesar da recuperação sob o ponto de vista sanitário, o economista da Acic ressalta que a invasão da Ucrânia pela Rússia já está refletindo negativamente na economia internacional, com a queda dos valores das principais moedas.



Segundo ele, o desarranjo cambial internacional, o aumento da inflação em decorrência da alta dos preços das matérias primas, commodites, produtos agrícolas e, principalmente, petróleo, energia e gás natural, serão sentidos.

"Pesquisas indicavam que, antes da crise, o consumo desta Páscoa poderia ser 14% maior do que o registrado em 2021. No entanto, diante da atual conjuntura, o consumo deve ficar, no máximo, na casa dos 8% de aumento", finaliza Laerte.

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