A Câmara de Campinas volta a organizar nesta segunda-feira (16) as reuniões ordinárias noturnas com a presença do público. A retomada acontece cerca de três meses após a adoção das sessões via SDR
(Sistema de Deliberação Remota).
As discussões e votações de hoje começam às 18h
no Teatro Bento Quirino, que fica na Rua Luzitana, 1555, no Centro. O local virou sede provisória dos vereadores durante as reformas das estruturas do prédio oficial do Legislativo.
Além das reuniões ordinárias que acontecem às segundas e quartas-feiras, a Casa informou que as audiências e as reuniões das comissões temáticas da, que ocorrem no período da manhã e da tarde, também acontecerão no teatro.
"Entretanto, os gabinetes dos parlamentares continuam atendendo a população na Avenida da Saudade 1004, no bairro Ponte Preta", completou o comunicado. Isso porque as obras de reforma acontecem somente no plenário (veja abaixo).
VOTAÇÕES PREVISTAS
Entre os PLs (Projetos de Lei) da pauta está a segunda votação da proposta do vereador Juscelino da Barbarense (PL), que obriga a instalação de câmeras de segurança e monitoramento nas unidades básicas de e de pronto atendimento.
Também será analisada e debatida em segundo turno a proposta que dispõe sobre a prioridade a pessoas com albinismo na marcação de consultas dermatológicas. O texto foi apresentado pelo vereador Carmo Luiz (PSC).
OBRAS E MUDANÇA
Iniciada em janeiro, a reforma na Câmara sofreu atraso devido à paralisação das obras no início de março. Em entrevista ao acidade on Campinas na ocasião, o presidente do Legislativo, Zé Carlos (PSB), falou em "entraves burocráticos".
"Os nossos engenheiros e arquitetos não têm expertise pra fazer essas obras estruturantes. E cada vez que se descobre algo, surge um obstáculo. Então, a burocracia impera na Câmara. Mas nós estamos desenrolando", alegou.
Zé Carlos também criticou o fato das obras não terem sido feitas em anos anteriores e, apesar de reconhecer que os trabalhos são importantes, descartou que houvesse risco de colapso, ou de danos irreversíveis na estrutura do prédio.
"Cada hora que você mexe aparece uma coisa diferente. Mas não é nada que coloque a vida das pessoas em risco, até porque o prédio está vazio, porque nós tiramos as pessoas de lá quando planejamos fazer essa obra", pontuou ele.
A autorização para o uso do Teatro Bento Quirino para as sessões da Câmara foi proposta pela Mesa Diretora após a conclusão das obras de adequação do espaço. Os trabalhos foram executados pela secretaria de Serviços Públicos.
As intervenções nas instalações elétricas do prédio histórico, que tem 540 lugares, começaram no início de março e foram acordadas entre o presidente da Casa, Zé Carlos (PSB), e o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos).
O teatro e o ex-colégio Bento Quirino foram comprados por R$ 11,9 milhões pela Prefeitura em fevereiro, quando foi informada a intenção de usar o teatro para atividades de Educação e Cultura. Isso, porém, não tem prazo para ocorrer.