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Anunciada no fim da tarde desta quarta (18) pela diretoria técnica da unidade de saúde,                           a medida tem o objetivo de abrir mais leitos para as mães que atualmente precisam ficar no Centro Obstétrico depois do parto. 
                          
                          
A diretora técnica do hospital, Rita Aparecida Ignacio Ishida, argumenta que as pacientes atualmente não são atendidas de maneira adequada por conta da demanda alta. Ela também reconhece que a situação é crítica.                           
                          
"A suspensão das cirurgias eletivas de hospital dia é para poder tirar as puérperas do centro, porque a enfermaria está completamente ocupada. E isso agora é um risco, porque não temos como atender da forma ideal", diz.                           
                          
Por esse motivo,                           a diretora pede à população que procure outros locais enquanto a situação não é resolvida ou amenizada
. O município e o estado também foram informados pelo hospital sobre o problema.                           
                          
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                          SUPERLOTAÇÃO 
                          
                          
Mais cedo, o Hospital PUC-Campinas informou que atende hoje 28 bebês. Entre eles, 26 são do SUS (Sistema Único de Saúde), 10 a mais do que o previsto no acordo com o estado. Além disso, quatro são de outros municípios.                           
                          
                          
                            A superlotação foi confirmada na tarde desta quarta pela instituição. O comunicado pedia à população que procure outras unidades de saúde da cidade.
                          
                          
"Há ainda no Pago (Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia) e no Centro Obstétrico quatro gestantes com previsão de parto prematuro. Ou seja, possivelmente necessitarão de um leito de UTI Neonatal", detalhou a nota.                           
                          
                          ENFERMARIA 
                          
                          
                          Ainda conforme a PUC-Campinas, a enfermaria também está lotada: "o que impacta no Centro Obstétrico que não consegue transferir as puérperas (pós-parto) à enfermaria". Isso porque ambos os espaços estão completamente lotados. 
                          
                          
O hospital alega ainda que a superlotação é comunicada diariamente aos órgãos públicos competentes e à Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) e prometeu detalhar melhor o panorama à imprensa na tarde de hoje.                           
                          
                          NO CAISM 
                          
                          
No Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) da Unicamp, também há superlotação na UTI Neonatal, com 18 crianças internadas em um espaço com 15 leitos operacionais.                           
                          
                          "Seguimos com superlotação, com três recém-nascidos prematuros internados no centro obstétrico porque não temos vagas de UTI", informou a unidade à EPTV Campinas. 
                          
                          
                          NA MATERNIDADE 
                          
                          
No Hospital Maternidade de Campinas, a direção também confirmou 100% de ocupação: são 22 pacientes internados pelo SUS, sendo quatro de outros municípios.