Batizado como
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Batizado como "Júpiter", a proposta é diminuir o lançamento de gases agravantes do efeito estufa


Estudantes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveram o primeiro veículo off-road movido a hidrogênio e após enfrentarem roubo de equipamentos, falhas técnicas e vazamento de hidrogênio, venceram o desafio SAE Brasil & Ballard Student H2 Challenge .

A equipe de estudantes da Unicamp entrou para a história ao desenvolver, fazer rodar e vencer em 1º uma competição com o primeiro veículo Baja - veículo off-road, tipo gaiola e movido a hidrogênio - o desafio SAE Brasil & Ballard Student H2 Challenge, que aconteceu em Piracicaba (SP), em agosto, onde reuniu equipes de universidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

A competição estudantil de Bajas e Fórmulas movidos a hidrogênio e combustível foi inédita no mundo. A equipe contou com 60 estudantes dos cursos das engenharias Mecânica, Elétrica, Civil, da Computação, de Controle e do curso de Física. O grupo trabalha sob a supervisão do professor Janito Vaqueiro, que é especialista em controle.

De acordo com Janito, que descreve como "Desempenho fora do comum", foram grandes os desafios para o desenvolvimento do projeto. Tiveram que enfrentar roubo de baterias de chumbo durante um assalto, falhas técnicas e vazamento de hidrogênio na célula. O trabalho iniciou durante a pandemia, com muitas restrições, foi emoção até o último minuto, pois sem nunca terem testado o carro na sua integralidade, a finalização e montagem do veículo foi feita dois minutos antes da inspeção final.

Segundo Luiz Henrique Gonçalves, diretor de projetos da Unicamp, ao pararem em um posto para comer sofreram um baque. "Quando voltamos para o carro, os vidros estavam estourados e levaram as quatro baterias, carregadores, multímetros e minha mochila com o computador em que estavam todos os códigos que rodavam o carro”. Seguiram com o projeto porque conhecidos emprestaram baterias de uma scooter e ele tinha backup dos códigos.

Outro grande problema foi o vazamento de hidrogênio na célula. Uma falha nesse sistema invalidaria todo o projeto. O Comitê orientador da competição, no entanto, interveio e conseguiu uma nova célula para a equipe.

“Depois de tudo isso, dá para entender o tamanho do orgulho que todos nós sentimos da equipe. Porque, nesses três momentos, parecia que o projeto tinha morrido. A gente poderia ter desistido, mas a equipe, depois dos baques, levantou a cabeça e seguiu em frente”, disse o capitão Alessandro Buccioli. “Ver o carro andando e a vitória na competição foi uma recompensa à altura do nosso esforço”, acrescentou ele.

Batizado como "Júpiter", a proposta é diminuir o lançamento de gases agravantes do efeito estufa, além de retirar o carbono do ar nas áreas urbanas, onde está concentrada a maior parte da frota de veículos. A expectativa é que, no futuro, o motorista possa abastecer o carro a hidrogênio em postos convencionais.

As classificações em 2ª e 3ª colocados foram, Mauá Racing, do Instituto Mauá de Tecnologia (São Caetano do Sul-SP), e da Universidade Federal do ABC (UFABC-Santo André-SP).

Competição aconteceu na cidade de Piracicaba e reuniu dezenas de estudantes
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Competição aconteceu na cidade de Piracicaba e reuniu dezenas de estudantes


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