As gravações do longa-metragem
"O ar que a gente respira"
estão sendo rodadas em Campinas
em diversos pontos da cidade
. Os trabalhos começaram no último domingo (4) e vão até o sábado (17)
. O elenco é composto por 50 artistas
, entre eles, atores da Região Metropolitana de Campinas (RMC)
.
Trazendo à tona um dilema cruel: valores pessoais e profissionais colocados à prova durante a investigação de um assassinato. “Com a suspeita de novos homicídios, surge uma corrida contra o tempo para descobrir quem são os culpados do crime. Observar o ser humano nesse contexto violento é uma necessidade que precisa ser explorada. Os limites que os personagens vivem nessa trama expõem uma realidade que muitas vezes as pessoas não querem discutir. Afinal, o certo e o errado perdem o significado quando os valores são questionados”, provoca o diretor Rafael Santin.
Para ambientar o drama policial, a produção escolheu a dedo pontos distintos da cidade, entre os quais o Largo do Café Taquaral), o Colégio Pe. Júlio Chevalier (Vila Industrial), a Capela São Roque (Vila Industrial), um bar no Jardim Flamboyant, estradas da região do Distrito de Sousas, ruas dos bairros Monte Cristo e Jardim Miranda, prédios do Centro, além de um haras localizado no Distrito de Joaquim Egídio, um Laboratório de Química da Unicamp e a fachada histórica da Delegacia Seccional de Polícia de Campinas, na Avenida Andrade Neves.
Sobre a escolha do elenco, composto por aproximadamente 50 artistas, há um intercâmbio entre atores da Região Metropolitana de Campinas (RMC), como Priscila Junqueira, Douglas Chaves, Vic Vergamini, Nic Nilson e Ronaldo Santiago, e do cenário nacional, com destaque a Pedro Pauleey, Adriano Arbool, Carol Hubner, Alexandre Sean e Clovys Torres.
O ator Pedro Pauleey, intérprete do policial Adoniran, começa com alguns. “Por ser leal e focado no trabalho, o Adoniran não quer se prejudicar, nem que o mesmo aconteça com o seu parceiro de trabalho. Contudo, eles estão vivendo um turbilhão de acontecimentos que os deixam cada vez mais encurralados. Ele tem a esperança de que tudo se resolva, mas há muitas intrigas envolvendo os crimes. Há um grande clima de tensão, tudo é trabalhado no limite e ele se vê com a corda no pescoço”, revela o ator.
Nesse mesmo contexto, a atriz Carol Hubner, que vive a policial Cal, afirma que sua personagem representa a força feminina e a idoneidade. “Ela acredita e defende o órgão em que trabalha e, por conta disso, ser investigadora da Polícia Civil não é apenas um trabalho, é a sua missão de vida. Descobrir a verdade, manter a ordem em sua cidade e colocar os corruptos na cadeia se tornam o seu objetivo de vida”, destaca a atriz.
Com parte do orçamento contemplada pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), a partir do edital Expresso Direto – Artes Visuais, O AR QUE A GENTE RESPIRA conta com apoio de diversos empresários da região. “Fazer cinema independente é um grande desafio, mas, como dizia Cacá Diegues, um dos maiores nomes do cinema nacional: ‘quando faltam recursos financeiros, a criatividade precisa estar aflorada para conseguir realizar a produção de uma obra’,e essa é a mais pura verdade. O nosso filme não foge à regra! Aqui temos muita garra, coragem, criatividade, reinvenção e parcerias”, destaca a produtora Lu Chagas.