Outubro é o mês de conscientização da luta contra câncer de mama e, assim como ocorre com os humanos, o alerta de prevenção se estende aos pets. Isso porque, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) , em média 45% das cadelas e 30% das gatas podem desenvolver a doença (neoplasia mamaria) , com tumores que podem ter origens benignos ou malignos.
O câncer tem característica silenciosa e afeta principalmente fêmeas, não castradas, com mais de 7 anos de vida. É por isso que a castração se torna indispensável na luta contra a doença.
“O tumor mamário dependente de questões genéticas e hormonais para se desenvolver e, com a castração, conseguimos cessar essa produção. Para se ter uma ideia, estudos indicam que 99% das cadelas castradas antes do primeiro cio não desenvolvem câncer de mama. No caso das gatas, a castração reduz entre 40% e 60¨%”, revela a médica-veterinária e supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinária do Grupo UniEduK, Dra. Danieli Perez Fernandes.
O ideal é castrar cadelas e gatas entre 6 a 7 meses de vida, que é o período entre o primeiro e o segundo cio. Evitar o uso de anticoncepcionais também é um grande aliado contra o câncer de mama. “As ‘injeções anti cio’ são ‘grandes vilões’ para desencadear tumores de mamas, bem como causar infecções uterinas”, revela Danieli.
O ideal é castrar cadelas e gatas entre 6 a 7 meses de vida, que é o período entre o primeiro e o segundo cio. Evitar o uso de anticoncepcionais também é um grande aliado contra o câncer de mama. “As ‘injeções anti cio’ são ‘grandes vilões’ para desencadear tumores de mamas, bem como causar infecções uterinas”, revela Danieli.
Apesar não existir uma predisposição racial, o câncer de mama costuma ser mais evidente em raças como Poodle, Cocker Spaniel, Pastor Alemão, Fox, Boston Terrier, entre outros; nos felinos destaque para os siameses.
Como identificar se seu pet está com câncer de mama?
Além da castração, a médica-veterinária do Grupo UniEduK alerta para que os tutores fiquem atentos aos sinais e possíveis mudanças físicas nos animais, tais como:
- Caroços na região das glândulas mamarias;
- Dor na região das mamas;
- Presença de secreções na região mamaria;
- Apatia;
- Falta de apetite;
- Febre;
- Dificuldade respiratória quando há evolução para pulmão.
O câncer de mama tem cura, mas para isso é fundamental que seja diagnosticado o mais breve possível. A identificada da doença ocorre por meio da palpação de nódulos em mamas, através de exame clínico. Após a constatação, é necessário a realização da PAAF, uma punção com agulha fina para analisar o tumor e identificar se o mesmo tem origem benigna ou maligna.
Segundo dados do CFMV, 20% dos diagnósticos são tardios, o que, consequentemente, dificulta o tratamento. Por isso, o ideal é realizar um check-up de tempos em tempos.