João Gustavo deixa prédio onde furtou em Campinas; à direita, momento da prisão.
Divulgação/Polícia Civil de Campinas
João Gustavo deixa prédio onde furtou em Campinas; à direita, momento da prisão.

O falso cuidador de idosos João Gustavo Rocha de Souza Nascimento, de 34 anos, foi preso na tarde desta quinta-feira (9) em Hortolândia, interior de São Paulo, na casa da ex-mulher. Ele era procurado pela Polícia Civil por aplicar uma série de furtos em famílias que contratavam seus serviços de atenção domiciliar em diferentes cidades do estado de São Paulo.

O delegado Rui Pegollo, responsável pelas investigações, confirmou ao Portal iG que João Gustavo possui vários inquéritos em andamento em Santo André, Vinhedo e Campinas. “Certamente há muito mais vítimas. Muitas vezes as pessoas deixam de registrar boletim de ocorrência por medo ou por achar que não têm provas suficientes. Por isso, é importante divulgar o caso para que outras vítimas se encorajem a denunciar”, afirmou Pegollo.

A prisão preventiva do suspeito havia sido decretada em um dos casos de Campinas, na região do Taquaral, onde ele furtou um idoso acamado que havia sofrido três AVCs. O crime é classificado como furto triplamente qualificado, com agravantes pelo fato de a vítima ser idosa e dependente. “Ele se valia da experiência como cuidador para praticar os furtos”, acrescentou o delegado.

O homem não confessou os crimes e será encaminhado ao sistema penitenciário. A pena mínima prevista para cada crime é de oito anos.

Relembre os casos

Conforme apurado pelo Portal iG, João Gustavo se apresentava a empresas de cuidadores e, no primeiro dia de trabalho, aproveitava momentos de descuido para furtar dinheiro, joias e cartões bancários. Após o crime, alegava que a mãe passava mal e abandonava o plantão repentinamente.

Desde 2022, vítimas em São Paulo, Vinhedo e Campinas registraram boletins de ocorrência relatando prejuízos que somam mais de R$ 150 mil. Em um dos episódios, uma família relatou o desaparecimento de joias avaliadas em R$ 60 mil; em outro, cartões bancários de um paciente oncológico de 88 anos foram usados em compras de R$ 18,5 mil.

A Polícia Civil reforça que possíveis vítimas ou pessoas com informações sobre novos casos devem procurar a delegacia mais próxima para registrar boletim de ocorrência.

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