As merendeiras da Rede Estadual de Ensino de Piracicaba, voltaram a paralisar, nesta terça-feira (18), pelo atraso no repasse do vale alimentação para a categoria. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Campinas e Região (sintercamp), o repasse deveria ter sido feito na sexta-feira (14).
A turma de alunos do ensino fundamental da escola estadual, no bairro Itapuã, em Piracicaba, saíram duas horas mais cedo, especificamente na hora do almoço. O motivo é que não tinha merendeira para preparar a comida. Foi servido bolacha e os pais foram avisados da dispensa.
Nesta quarta-feira (19), uma nova greve foi iniciada por causa da situação, mas algumas profissionais decidiram por conta própria não aguardar o prazo legal de 72 horas e iniciaram as paralisações. Não foi informado pelo Sindicato ou Governo Estadual, o número de unidades de ensino afetadas. As aulas estão acontecendo, mas em função da greve, os alunos devem ser liberados mais cedo O Governo Estadual, iniciou um processo de licitação para contratar outra empresa para assumir a merenda das escolas estaduais, mas o procedimento ainda não foi finalizado.
A empresa Especialy, já conhecida em Campinas por ter tido o contrato com o Município reincidido por não pagar as funcionárias da limpeza das escolas, assumiu, em fevereiro desse ano, de forma emergencial a área de refeições nas escolas estaduais de Piracicaba. Tempo depois avançou para um contrato definitivo com o Estado e iniciou novamente problemas com atraso nos salários.
Relembre o caso
As trabalhadoras da merenda de Piracicaba, não recebem o salário desde o quinto dia útil do mês de setembro. O relato é uma série de atrasos no pagamento de salário e outros benefícios nos últimos meses. Neste ano, já houve uma greve das profissionais e em seguida, houve mais dois avisos de greve devido ao mesmo tipo de problema com a empresa Especialy.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirma que já notificou a empresa pelo descumprimento contratual e que estão sendo tomadas medidas legais para a substituição do fornecedor e para garantir o pagamento das merendeiras. O poder público diz ainda que as aulas perdidas serão repostas
Solicitamos um posicionamento da empresa Especialy, que não respondeu. O Sindicato de Refeições Coletivas de Campinas e Região diz que até agora a empresa não deu previsão para pagamento.