O presidente da Câmara Municipal de Campinas, Zé Carlos (PSB), vai renunciar à presidência no próximo dia 31, deste mês. Data em que retornaria ao legislativo, após o afastamento. Ele é investigado pelo Ministério Público, após denúncias de cobrança de propina .
A informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Ralph Tórtima. “Para que não se alegue amanhã qualquer interferência nos trabalhos da CPI, José Carlos Silva optou por se afastar da presidência da Câmara, reassumindo o cargo de vereador."
A vereadora Debora Palermo (PSC), seguirá à frente do Legislativo Municipal. Uma nova eleição para a cadeira da Presidência, deverá acontecer em dezembro deste ano e valerá pelos próximos dois anos. Zé Carlos continuará assumindo a cadeira de vereador.
O empresário que denunciou o esquema de propina na Câmara será ouvido nesta quarta-feira (26) pela CPI. O depoimento está agendado a partir das 10h e no mesmo dia, o vereador Marcelo Silva (PSD), que fez a denúncia ao Ministério Público, também será ouvido no mesmo dia, às 14h.
Vereadores que compõe a CPI da Propina da Câmara de Vereadores de Campinas, são: Carmo Luiz (PSC), Higor Diego (REPUB), Luiz Cirilo (PSDB), Paulo Búfalo (PSOL), Paolla Miguel (PT), Paulo Gaspar (NOVO) e Major Jaime (PP) como relator da Comissão.
Operação Lambuja
Mandados de busca e apreensão acontecem em 17 de agosto na casa de Zé Carlos, na Câmara Municipal de Campinas, no Teatro Bento Quirino (onde atualmente está o plenário improvisado) e na casa do advogado Rafael Creato, ex-assessor. Após denúncia de pedidos de proprina, foram apreendidos pen drives, celulares, computadores e documentos.
Horas de gravações foram usadas para apresentar as denúncias, nelas o parlamentar diz ter quatro meses para abrir uma nova licitação e não faria isso, caso ele recebesse uma "ajuda". Os áudios foram gravados no início de agosto de 2021.
Na última Reunião Ordinária que aconteceu nesta segunda-feira, Zé Carlos anunciou afastamento do cargo de presidente da Câmara Municipal.