Mensagens homofóbicas, xenofóbicas e misóginas circulavam no grupo com 30 alunos do colégio particular
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Mensagens homofóbicas, xenofóbicas e misóginas circulavam no grupo com 30 alunos do colégio particular

Adolescentes de um colégio particular de Valinhos, criaram um grupo no whatsapp chamado "Fundação Antipetismo", com mensagens nazistas e de cunho racistas. Tudo isso, após os resultados das eleições presidenciais, do último domingo (30), derrotar o candidato Jair Bolsonaro (PL) a reeleição. Um aluno negro sofreu ataques racistas e a mãe registrou boletim de ocorrência e informou que não é a primeira vez que o episódio se repete no ambiente escolar.

O filho da advogada Thais Cremasco, mãe de dois alunos que estudam em uma das escolas mais caras do Brasil, o Colégio Visconde de Porto Seguro, teve seu filho inserido em um grupo criado por adolescentes do 1º colegial, nesta segunda-feira (31). A descrição do grupo dizia "Amanhã vamos parar a escola, todo mundo de verde e amarelo e com bandeira do Brasil no intervalo". O filho de Thais, foi colocado nesse grupo e recebeu diversas mensagens de reescravização e também apologia ao nazismo. 

Após se manifestar contrário as ofensas e discursos de ódio, o menino foi excluído do grupo e passou a receber ameaças “Espero que você morra fdp negro”. Além disso, alguns alunos publicaram ofensas ao povo nordestino "Quero que esses nordestinos morram de sede". Uma imagem de saudação nazista foi compartilhada nas redes sociais de um dos alunos com a legenda "Se ele fez com judeus, eu faço com petista também". 

Segundo Thais, esse não é o primeiro epsódio de violência "A minha filha já foi chamada de escrava, ja foi ridicularizada pelo cabelo. Foi questionada em relação a classe social, como ela teria um motorista se ela é uma menina preta. Existiram inúmeras situações de racismo e a escola tratou isso como uma brincadeira de criança", relembrou a mãe das vítimas. Ela disse que o filho ainda não vota, mas que os alunos tem ciência que a família é de esquerda.

O portal iG Campinas questionou quais as medidas o Colégio Visconde de Porto Seguro tomaria diante aos fatos, a resposta foi que por serem menores de idade, existe uma cautela para falar sobre esses assuntos.

A escola se manifestou por uma nota, confira: "O Colégio Porto Seguro repudia qualquer ação e ou comentários racistas contra quaisquer pessoas. Os atos de injúria racial não são justificados em nenhum contexto. Considerando que a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária pressupõe o respeito à diversidade e as liberdades. O Colégio não admite nenhum tipo de hostilização, perseguição, preconceito e discriminação. Vale lembrar que em todos os campus do Colégio são realizadas palestras, orientações educacionais e projetos sobre a diversidade de opinião, de raça e gênero para alunos e comunidade escolar."

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