Sala de aula do Ceprocamp, local em que serão realizadas as aulas
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Sala de aula do Ceprocamp, local em que serão realizadas as aulas

Nesta segunda-feira, 19 de junho, Dia do Refugiado , um curso gratuito de português para imigrantes e refugiados . A iniciativa ficará a cargo da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec) e por meio do Centro de Educação Profissional de Campinas (Ceprocamp).

A solenidade será às 18h30 no Coordenadoria Setorial de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), na Avenida Campos Sales, 427. Haverá na ocasião uma reunião com o tema “Imigranteweb e reunificação familiar”.

O curso para imigrantes terá início a partir de 24 de julho. Serão aulas gratuitas de português para imigrantes e refugiados na modalidade Curso de Qualificação Profissional, com duração de 10 semanas. Nesta primeira etapa, serão oferecidas 60 vagas (2 turmas, uma na unidade Centro e outra na Unidade José Alves) e as aulas serão ministradas duas vezes por semana (8h/aula semanais) por profissionais da área de Português e Inglês do próprio Ceprocamp, em horários a serem definidos em conjunto com o Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida, da Secretaria Municipal de Assistência, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. “Será um projeto piloto, pois é a primeira vez na história de Campinas que o poder público municipal oferece um curso de Português para Imigrantes e Refugiados dentro da perspectiva de promoção da dignidade, educação inclusiva e cumprimento do direito humano de migração e de assentamento social e cultural”, avalia Andréa Jaconi, gerente da Área dos Programas de Educação Profissional do Ceprocamp.

“O objetivo principal é promover o aprendizado da língua portuguesa como língua estrangeira de forma a permitir a comunicação em situações sociais, cotidianas, culturais e profissionais, para que, assim, o imigrante e o refugiado sintam-se integrados à sociedade e tenham dignidade de direitos”, explica a professora Juliana Morais Belo, uma das responsáveis pelo projeto. Segundo a professora Juliana, o profissional de línguas é o mais adequado para desempenhar essa atividade, pois não se trata de reforço para alunos já letrados em língua portuguesa como língua materna (que é o caso de estudantes brasileiros). “Para alunos imigrantes, a língua portuguesa é a segunda língua”, acrescentou.

Além disso, a professora esclarece que, como parte fundamental do direito humano, o direito linguístico foi o ponto de partida a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Linguísticos, entre os dias 6 a 9 de junho de 1996, em Barcelona, na Espanha. “Dentre os vários pontos destacados, pontua-se que a língua é uma forma de expressão de uma identidade, que pode ser coletiva ou individual que indica formas distintas de apreender e descrever a realidade, que podem beneficiar as condições necessárias ao sujeito, como a liberdade individual, política e de pensamento”, justifica

Consolidando a Escolaridade

Atualmente, 37 imigrantes e refugiados já são atendidos dentro das salas de aula da Educação de Jovens e Adultos (EJA), dentro do Programa Consolidando a Escolaridade, destinado a jovens acima de 15 anos, adultos e idosos que possuem certificação mínima na Educação de Jovens e Adultos EJA – Anos Iniciais, pessoas que possuem certificação no Ensino Fundamental Anos Finais ou no Ensino Médio e estão há algum tempo sem frequentar a escola. “Não é um programa para aprendizagem de português. É um programa destinado àqueles desejam resgatar alguns conteúdos de ensino das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental, a fim de superar alguma defasagem no processo de ensino-aprendizagem e dar continuidade aos estudos, ou acessar ao mundo do trabalho.” destaca José Batista de Carvalho Filho, Gestor dos Programas de Educação de Jovens e Adultos (GPEJA).

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