O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) tem intensificado o trabalho de orientação à população para evitar a presença e acidentes com escorpiões
. De janeiro a julho deste ano foram registrados 323 acidentes
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De acordo com a bióloga da Unidade de Vigilância em Zoonoses Heloísa Malavasi, os escorpiões se reproduzem facilmente e, por esse motivo, existem em grande quantidade nos centros urbanos. “Eles vivem em locais onde encontram abrigo e alimentação. O principal alimento deles é a barata e, por isso, as tubulações de esgoto são ideais para que eles vivam”, disse.
Ela afirmou que as barreiras físicas são as mais indicadas para evitar acidentes (confira abaixo), uma vez que as principais formas de acesso dos escorpiões aos imóveis é por meio de ralos, frestas, sifões e até pela tubulação elétrica (interruptores, tomadas ou bocais de lâmpadas).
“O controle químico é pouco eficiente e pode provocar o desalojamento dos escorpiões de seus abrigos, aumentando o risco de acidentes”, comentou.
Recomendações para evitar o aparecimento de escorpiões:
- Vedar ralos de esgotos, optando pelos tipo abre e fecha ou colocando telas finas para evitar entrada dos escorpiões;
- colocar trilhos de borracha, silicone ou mesmo de espuma/tecidos nas portas;
- vedar interruptores por onde passa a fiação elétrica, mantendo os espelhos de luz bem ajustados e, se necessário, colados com silicone;
- vedar caixas de gordura;
- evitar acúmulo de materiais, como madeiras e recicláveis, nos ambientes, pois podem servir de abrigo aos escorpiões;
- sempre inspecionar toalhas de banho, sapatos e roupas antes de vestir;
- se possível, manter camas e colchões afastados das paredes e sempre observar as roupas de cama antes de deitar, pois escorpiões podem se alojar nestes locais;
- em caso de picadas/acidentes com escorpiões, a pessoa deve ser levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo.
Como proceder
A pessoa que é picada por escorpião deve buscar atendimento médico e/ou ser encaminhada para qualquer unidade de saúde mais próxima. O médico vai avaliar a necessidade de tratamento com o soro antiescorpiônico. Em Campinas, para uso no município, o soro fica estocado no Hospital Ouro Verde e as unidades hospitalares que precisarem solicitam e retiram no local.
O soro é fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde. É importante lembrar que não é em todo caso de acidente que o soro será indicado e apenas o profissional de saúde poderá fazer essa avaliação. Nos extremos de idade, como em crianças e idosos, os casos podem representar maior risco. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox de Campinas) do Hospital de Clínicas da Unicamp também possui o soro, mas a prioridade de atendimento são as cidades da região.
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