Mosquito Aedes aegypti é vetor da dengue e precisa ser combatido.
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Mosquito Aedes aegypti é vetor da dengue e precisa ser combatido.

A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta quarta-feira, 27 de dezembro, um novo boletim semanal sobre a dengue que coloca mais cinco bairros da cidade em alerta para o elevado risco de transmissão ou em virtude de casos suspeitos ou confirmados da doença.

O comunicado Alerta Dengue é o 45º emitido pela Prefeitura desde que a ferramenta foi implementada como estratégia de mobilização da população, em janeiro de 2020. Ele reúne as seguintes áreas:

- Chácara Primavera (Leste)
- Jardim Aurélia (Norte)
- Conjunto Residencial Parque São Bento (Noroeste)
- Jardim das Bandeiras II (Sul)
- Vila Vitória (Sudoeste)

O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) destacou que bairros indicados em boletins anteriores, assim como demais regiões de Campinas, precisam intensificar medidas preventivas, sobretudo combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. A divulgação do boletim semanal ocorre em meio ao alerta da Pasta para um possível aumento expressivo do número de casos da doença a partir do início de 2024.


1º mutirão em 2024

O primeiro mutirão contra a dengue em 2024 será no dia 6 de janeiro, em quatro bairros da região Sudoeste:

- Jardim Santo Antônio
- DIC III
- DIC V
- DIC VI

A iniciativa reúne funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas, que usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. Além disso, o trabalho deve contar com um caminhão cata-treco.


Pacote de ações

Na semana passada, o prefeito, Dário Saadi, anunciou um pacote de ações contra a dengue que inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações. Além disso, o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses já tem estratégias definidas até o fim do primeiro trimestre de 2024.

A cidade declarou epidemia em abril e já registrou neste ano 10.826 casos confirmados e três óbitos pela doença. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios em 2023. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.

Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior.


Esforço conjunto

A Saúde ressalta a importância do esforço conjunto entre Poder Público e sociedade para enfrentamento à dengue. Campinas registra em 2023, pelo terceiro ano seguido, aumento da “pendência” durante ações de visita de agentes a imóveis para vistoria e eliminação de criadouros. Desde janeiro, metade dos espaços que foram alvo das equipes foi encontrado inacessível porque estava fechado, desocupado ou por conta da recusa de moradores.

- 2020: 43,5%
- 2021: 44,7%
- 2022: 46,9%
- 2023: 50,3%


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Combate à doença

A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Dados do Devisa mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.

Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.


Orientações sobre assistência

Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.

Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.


Comitê de prevenção

Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que neste ano passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. "Estamos extremamente preocupados e o Comitê está em condições para enfrentamento nos próximos meses", afirmou Furtado.

O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.

No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão neste site .

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