Mosquito Aedes aegypti é vetor da dengue.
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Mosquito Aedes aegypti é vetor da dengue.

A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta segunda-feira, 15 de janeiro, um novo boletim semanal sobre a dengue com dez áreas em alerta para a doença em virtude do alto potencial de transmissão. Os bairros foram selecionados em virtude dos casos confirmados ou suspeitos nos últimos sete dias e o objetivo é mobilizar a população para mais cuidados.

O comunicado Alerta Dengue é o 48º emitido pela Prefeitura desde que a ferramenta foi implementada como estratégia de enfrentamento às arboviroses. Ele reúne desta vez:

- Condomínio Parque da Hípica e Bairro das Palmeiras (Leste)
- Cidade Universitária I e II, e Village (Norte)
- Jardim Guarani (Suleste)
- Conjunto Habitacional Chico Mendes, Residencial São José, Loteamento Residencial Rosário e Vila Aeroporto (Sudoeste)

O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) destacou que bairros indicados em boletins anteriores, assim como demais regiões de Campinas, precisam intensificar medidas preventivas, sobretudo combate aos criadouros do Aedes aegypti, vetor da doença.

A divulgação do boletim semanal ocorre em meio ao alerta da Pasta para um possível aumento expressivo do número de casos da doença a partir deste mês. Desde o dia 1º foram contabilizados 134 moradores infectados, 73 deles no Jardim Eulina.


Operação de guerra

Neste ano, a Administração já fez dois mutirões como parte de uma operação de guerra para prevenção e combate à dengue. O primeiro, em 6 de janeiro, contemplou sete áreas: Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, além de trechos do DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont.

Durante os trabalhos foram visitados 3,1 mil imóveis em, mas 48,3% dos locais deixaram de ser acessados porque os espaços estavam fechados, desocupados e por conta das recusas de moradores às equipes que realizam visitas para tentar eliminar possíveis criadouros.

Já o segundo mutirão ocorreu no Jardim Eulina entre os dias 11 e 12, com uso de quatro drones para visualizar imóveis fechados e apoio de chaveiros, quando necessário. A operação está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.

Durante os trabalhos foram visitados 2,7 mil imóveis, mas 44,5% estavam inacessíveis. O percentual, embora elevado, sinaliza avanço quando comparado ao resultado do mutirão anterior no mesmo bairro: a pendência foi de 57,8% em 16 de dezembro.

Campinas tem mutirões quinzenais agendados até fim de março, e o próximo será neste sábado, 20 de janeiro, no Eulina e Jardim Quarto Centenário. Detalhes da operação serão divulgados até sexta, mas as estratégias com drones para que eventualmente os chaveiros sejam acionados durante os trabalhos estão mantidas.


Pacote de ações

Em 19 de dezembro de 2023, o prefeito, Dário Saadi, anunciou um pacote de ações contra a dengue que inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações.

A cidade registrou no ano passado 11.119 casos e três óbitos pela doença - dados parciais até 12 de janeiro deste ano. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.

Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior.


Combate à doença

A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Dados do Devisa mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.

Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.


Orientações sobre assistência

Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.

Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.


Comitê de prevenção

Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que neste ano passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. "Estamos extremamente preocupados e o Comitê está em condições para enfrentamento nos próximos meses", afirmou Furtado.

O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.

No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: https://dengue.campinas.sp.gov.br .

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