Campinas publicou na edição do Diário Oficial desta segunda-feira, 19 de fevereiro, a homologação e adjudicação da licitação para contratação de serviço médico veterinário de vasectomia e salpingectomia das capivaras que vivem nos parques públicos da cidade. Com a licitação, o valor de cada cirurgia caiu de R$ 2.725,00 (valor de referência) para 1.090,00, uma economia de 60% para os cofres municipais. A empresa vencedora é A Z Nunes & Cia Ltda.
Segundo a Secretaria de Administração, a previsão é que a homologação e adjudicação do edital para a contratação de empresa que fará o serviço de captura das capivaras, alocação em área de manejo, alimentação diária e posterior devolução aos seus parques seja publicada amanhã (20).
Após a publicação no DO, os processos seguem para a Secretaria de Justiça para registro da ata de preços e redação do contrato. Segundo o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA) da Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas), a Ordem de Serviço para execução dos serviços será assinada depois que o Departamento de Fauna (Defau) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente autorizar o manejo dos animais. O processo junto ao Estado está em andamento e a previsão é que os serviços possam ser realizados a partir de maio de 2024.
Febre maculosa
A esterilização das capivaras tem por objetivo controlar a população desses animais silvestres para diminuir os riscos de transmissão de febre maculosa, que é uma doença grave, que envolve a capivara e o carrapato. “A ação retrata o cuidado da Prefeitura com a qualidade do manejo dos animais silvestres e, acima de tudo, com a saúde da população que frequenta os parques públicos, tendo em vista a redução dos riscos da febre maculosa", explica o titular da Seclimas, Rogério Menezes.
Em 2022 foram confirmados 11 casos de febre maculosa em Campinas, sendo 9 delas com transmissão no município. Houve registro de 7 mortes. No ano passado, foram 10 casos confirmados, 9 com transmissão no município e também com 7 óbitos.
Como vai funcionar
Durante o procedimento, as capivaras que vivem livremente nos parques públicos serão capturadas, identificadas, microchipadas, alimentadas, examinadas e encaminhadas para um centro cirúrgico onde serão esterilizadas. Os machos passarão por vasectomia e as fêmeas pela salpingectomia. Depois serão devolvidas ao local onde vivem.
A Seclimas estima que 200 animais serão esterilizados. A prestação de serviço para o manejo das capivaras envolve a captura, transporte, alocação em área de manejo, alimentação e devolução aos parques de origem.
Parques
A ação está prevista para começar em maio, após definição das empresas, em 10 parques públicos: Lago do Café, Lagoa do Taquaral, Parque das Águas, Lagoas do Comando do Exército, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Lagoa do São Domingos, Parque Ecológico do Jambeiro, Lagoa da Escola de Cadetes, Parque Linear Ribeirão das Pedras e Parque Linear Lagoa do Mingone. Nesses locais haverá participação direta das secretarias de Saúde, Serviços Públicos, Seclimas e da Sanasa.
O trabalho é coordenado pelo Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde.
O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.
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