Mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue.
Rogério Capela
Mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue.

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta segunda-feira, 17 de junho, mais quatro mortes por dengue na cidade. Com isso, o total subiu para 41 neste ano.

A Pasta lamenta as mortes e se solidariza com as famílias. O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, como doenças preexistentes. Não há relação direta com a oscilação de casos, embora a Saúde registre, neste momento, redução da transmissão da doença por conta da diminuição das temperaturas desde a segunda quinzena de maio.

Desde 1º de janeiro foram registrados 108.657 casos de dengue. Assim como em todas as situações de casos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.


Perfil dos óbitos

Os novos óbitos ocorreram entre 17 e 29 de abril: 

Sexo feminino, 70 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Florence. Ela teve início dos sintomas em 12 de abril e o óbito ocorreu no dia 22 do mesmo mês.

Sexo masculino, 58 anos, sem comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Vista Alegre. Ele teve início dos sintomas em 16 de abril e o óbito ocorreu no dia 29 do mesmo mês.

⁠Sexo feminino, 89 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e morador da área de abrangência do CS Sousas. Ela teve início dos sintomas em 22 de março e o óbito ocorreu em 17 de abril.

⁠Sexo masculino, 80 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Figueira. Ele teve início dos sintomas em 19 de abril e o óbito ocorreu no dia 24 do mesmo mês.

Situação atual

A Secretaria de Saúde reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d'água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

O Município declarou fim do estado de emergência para dengue, mas permanece em epidemia. “Houve uma queda expressiva de casos não se justificando mais as ações emergenciais, porém, ainda estamos em epidemia. Precisamos da população para controle de criadouros”, destacou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben, ao alertar que as medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo.

O pico de transmissão da dengue neste ano ocorreu no período entre 7 e 13 de abril.

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