Mosquito Aedes aegypti é transmissor de dengue.
Rogério Capela
Mosquito Aedes aegypti é transmissor de dengue.

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta sexta-feira, 5 de julho, mais cinco mortes por dengue na cidade. Com isso, o total subiu para 46 neste ano.

A Pasta lamenta as mortes e se solidariza com as famílias. O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes. Não há relação direta com a oscilação de casos, embora o Município registre, desde maio, redução da transmissão da doença principalmente em virtude da diminuição das temperaturas.

Assim como em todas as situações de casos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. A Secretaria de Saúde confirmou 113.446 casos de dengue no período entre 1º de janeiro e 1º de julho.


Perfil dos óbitos

Os novos óbitos ocorreram entre 15 e 27 de abril: 

Sexo feminino, 30 anos, sem comorbidade. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Nova América. Ela teve início dos sintomas em 7 de abril e o óbito ocorreu no dia 15 do mesmo mês.

Sexo feminino, 56 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Centro. Ela teve início dos sintomas em 19 de abril e óbito ocorreu no dia 27 do mesmo mês.

Sexo masculino, 82 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Santo Antônio. Ele teve início dos sintomas em 21 de março e o óbito ocorreu em 25 de abril.

Sexo feminino, 90 anos, sem comorbidade. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Taquaral. Ela teve início dos sintomas em 19 de abril e o óbito ocorreu no dia 24 do mesmo mês.

Sexo feminino, 76 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Eulina. Ela teve início dos sintomas em 21 de abril e o óbito ocorreu no dia 25 do mesmo mês.


Situação atual

A Secretaria de Saúde reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d'água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

O Município declarou fim do estado de emergência para dengue, mas permanece em epidemia. Com isso, as medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo pela população, inclusive durante o inverno.

O pico de transmissão da dengue neste ano ocorreu no período entre 7 e 13 de abril.


Contexto nacional

A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas apesar da série de esforços da Administração para combater a doença e aprimorar a assistência em saúde: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor entre outubro e início de maio.

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