Mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue.
Rogério Capela
Mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue.

A Prefeitura de Campinas declarou nesta sexta-feira, 14 de junho, o fim do estado de emergência para dengue. A medida havia sido decretada em 7 de março para permitir ações extras da Administração no enfrentamento à epidemia e assistência aos pacientes durante o período de maior transmissão da doença. O pico ocorreu entre 7 e 13 de abril.

O decreto para revogar a medida deve ser publicado em Diário Oficial na segunda, 17. Entre janeiro e quinta, 13, a Secretaria de Saúde registrou 107.557 casos e 37 mortes.


O que muda para a população?

O fim do estado de emergência está relacionado à capacidade de resposta do Município para enfrentamento da dengue. Neste momento, a Secretaria de Saúde constatou que há diminuição gradativa dos casos confirmados desde 5 de maio, por conta da redução das temperaturas. As estatísticas estão disponíveis para consulta no Painel Interativo de Arboviroses, pelo link .

Para a população, portanto, isso significa inicialmente melhora no cenário epidemiológico.

A situação de emergência permitia ao Município adotar todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento de casos de dengue. Isso garantiu, por três meses, maior agilidade na compra de insumos como soro e de materiais para nebulização, além do pagamento de horas extras para reforçar a assistência, neste caso por meio da abertura de mais centros de saúde ou ampliação de horário aos sábados.

Neste contexto, a análise técnica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), com pareceres do Departamento de Saúde (DS) e da Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência, é de que Campinas consegue realizar as ações de combate e prevenção à dengue, além de assistência em saúde aos pacientes, sem precisar de medida excepcional.


Casos (até 11 de junho)

janeiro – 3.993
fevereiro – 12.350
março – 28.644
abril – 33.528
maio – 26.725
junho – 1.278

Taxa de letalidade (até 11 de junho)

Brasil: 3.993.254 casos, 3.643 óbitos e taxa de 0,09
Estado: 1.492.248 casos, 1.086 óbitos e taxa de 0,07
Campinas: 106.518 casos, 35 óbitos e taxa de 0,03


A cidade continua em epidemia?

Campinas permanece em epidemia, uma vez que a ocorrência de casos de dengue segue acima do esperado e, portanto, corresponde a parâmetros técnicos para esta classificação.

“Houve uma queda expressiva de casos não se justificando mais as ações emergenciais, porém, ainda estamos em epidemia. Temos muitos casos e precisamos da população para controle de criadouros”, destacou a diretora do Devisa, Andrea von Zuben.

Neste ano, a epidemia é nacional e dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, sobretudo por conta de sucessivas ondas de calor entre outubro e início de maio.

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