Com a chegada de uma massa de ar polar entre os dias 28 e 30 de maio, Campinas corre para proteger quem vive nas ruas. A prefeitura intensificou as ações da Operação Inverno 2025, ampliando o número de vagas em abrigos e reforçando a distribuição de cobertores.
A frente fria, prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), deve derrubar as temperaturas em diversas regiões do país. O alerta emitido pelo órgão classifica o evento climático como de risco elevado, principalmente para pessoas em situação de vulnerabilidade, que ficam mais expostas aos efeitos do frio intenso.
Em resposta, a cidade anunciou medidas emergenciais. Um dos abrigos parceiros vai receber 20 pessoas a mais nos próximos dias, com apoio de novos colchões e cobertores. Outros espaços, como o Samim e o Abrigo Santa Dulce dos Pobres, também estão sendo utilizados para ampliar o acolhimento.
“Cada vaga conta. Quando a temperatura cai, aumenta o risco de hipotermia, e garantir um lugar seguro para dormir pode ser a diferença entre a vida e a morte”, afirma Vandecleya Moro, secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
A prefeitura ainda avalia a reabertura de um antigo espaço anexo à Casa da Cidadania, com capacidade para até 60 pessoas, caso o frio continue nas próximas semanas.
Para quem opta por permanecer nas ruas, o Serviço de Abordagem Social intensificou a entrega de cobertores. Desde o início da Operação Inverno, em 1º de maio, já foram distribuídas 2.824 unidades — só na última semana, 1.007 cobertores chegaram às mãos de quem precisa. No mesmo período, 221 pessoas foram acolhidas em abrigos, com destaque para o Samim, principal ponto de atendimento da cidade.
A Operação Inverno vai até o fim de setembro, com ações adaptadas conforme o clima. O objetivo, segundo a prefeitura, é garantir um mínimo de proteção e dignidade a quem enfrenta as noites mais frias do ano sem um teto.