A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta quinta-feira, 17 de julho, mais quatro óbitos por dengue. Eles ocorreram entre 16 e 31 de maio.
Com os novos registros, o total de mortes por dengue na cidade em 2025 chega a 21. A Pasta lamenta e se solidariza com as famílias. O desfecho óbito depende de fatores como a procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e características individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes e/ou outras condições clínicas especiais.
Medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença e de outras arboviroses.
Novos óbitos por dengue
Sexo masculino, 86 anos, com comorbidade. Atendido na rede particular e morador da área do CS Eulina. Ele teve início dos sintomas em 26 de maio e a morte ocorreu no dia 31 do mesmo mês.
Sexo feminino, 36 anos, sem comorbidade. Atendida na rede pública e moradora da área do CS Boa Vista. Ela teve início dos sintomas em 11 de maio e óbito foi no dia 17 do mesmo mês.
Sexo feminino, 73 anos, com comorbidade. Atendida na rede pública e moradora da área do CS Rosália. Ela teve início dos sintomas em 10 de abril e a morte ocorreu em 16 de maio.
Sexo masculino, 88 anos, sem comorbidade. Atendido na rede privada e morador da área do CS Conceição. Ele teve início dos sintomas em 23 de março e o óbito foi em 29 de maio.
Fatores e cuidados
Com ações diárias para prevenção e combate às arboviroses, a Saúde reitera o alerta com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro para o mosquito, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d'água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
“Os casos estão diminuindo gradativamente desde maio por conta da redução das temperaturas e a continuidade das ações de enfrentamento da Prefeitura. Entretanto, os cuidados para prevenção à dengue e outras arboviroses precisam ser permanentes para manter essa tendência e ainda evitar um novo aumento nas estações mais quentes”, ressaltou a coordenadora do Programa de Arboviroses de Campinas, Lillian Gonzalez Bonifácio.
Dois fatores contribuíram para a alta de casos na cidade desde 2024: circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente com sucessivas ondas de calor.
Alerta Arboviroses
A 28ª edição do Alerta Arboviroses indica 27 bairros com reforço nas atividades de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika vírus e chikungunya.
Leste:
Jardim Myrian, Vila Itapura, Centro e Cambuí
Noroeste:
Cidade Satélite Íris 3 e Jardim Rossin
Norte:
Parque Santa Bárbara, Parque São Jorge, Fazendinha, Vila Chico Amaral e Parque Residencial Shalon
Sudoeste:
Parque Vila União, Núcleo Residencial Dois de Julho, Parque Universitário de Viracopos e Jardim Maria Helena
Sul:
Cidade Jardim, Jardim do Lago, Vila Pompéia, Vila Rica, Vila Mimosa e Jardim San Diego
Suleste:
Jardim Itatiaia, Jardim Santa Eudóxia, Jardim São Vicente, Jardim São Gabriel, Vila Formosa e Jardim Bom Sucesso
A Saúde ressalta que todas as ações de controle da dengue são as mesmas para controlar as demais arboviroses. A definição dos bairros é realizada pela equipe técnica da saúde, que monitora semanalmente uma série de indicadores para identificar criteriosamente as áreas de maior risco. A análise considera a incidência de casos, a densidade populacional, a intensificação dos trabalhos em regiões com imóveis de difícil acesso, a comunicação de risco, entre outros itens.
É importante ressaltar que o alerta também se aplica aos bairros que estão no entorno das regiões indicadas. Com isso, moradores das proximidades devem permanecer atentos e eliminar criadouros do mosquito. As orientações valem também para toda cidade.
As visitas são feitas, principalmente, por funcionários da empresa contratada Impacto Controle de Pragas. Os agentes usam camiseta laranja com gola careca e logo da empresa silkado, enquanto o líder da equipe veste blusa verde com as mesmas características. Todos vestem calça na cor cinza, e têm crachá de identificação. Já voluntários de mutirões usam colete na cor laranja com a identificação e a frase “Campinas contra o mosquito”.
Dúvidas sobre a identidade dos participantes podem ser esclarecidas pelo telefone 156 (de segunda a sexta) ou com a Defesa Civil pelo telefone 199 (fins de semana e feriados).