Após fechar o comércio de rua e os shoppings , mesmo com permissão do Estado de São Paulo para que os setores sigam funcionando, o prefeito de Campinas , Jonas Donizette (PSB), deve esperar a revisão do Plano SP, na próxima sexta-feira (26) , antes de adotar novas restrições para combater a pandemia de Covid-19 .
O índice de isolamento da segunda-feira (22), primeiro dia após o novo fechamento, foi de 46%, taxa igual a das segunda-feiras em que comércios e shoppings puderam funcionar. Questionado sobre a possibilidade de decretar lockdown para tentar aumentar a taxa , Jonas disse que ainda não é o momento para isso, mas que não descarta tomar a decisão por um fechamento mais radical no futuro.
"A gente não está na cor vermelha. Como ficamos no laranja com, apontamento de atenção, fiz um laranja mais restritivo. Nós vamos ter uma avaliação agora, até sexta-feira. Se for avaliado na cor vermelha, muita coisa vai fechar. Lockdown nós não tivemos no Estado de São Paulo. Nesse caso, ninguém sai de casa, e para a pessoa sair de casa ela tem que apontar o motivo, e aí você tem o constrangimento de usar força policial", avaliou.
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Campinas está classificada na zona laranja, fase 2 do Plano SP , que determina quais setores podem ou não ser abertos em cada região do Estado. Nessa fase, comércios de rua e shoppings podem ser abertos, mas os prefeitos têm autonomia proibir o funcionamento. Após liberar a reabertura no útlimo dia 8, Jonas Donizette determinou o fechamento desses setores, que voltaram a abortar as atividades, com decreto que passou a valer na segunda-feira (22).
Revisão
Na próxima sexta-feira (26), o Centro de Contingência do Coronavírus do Governo de São Paulo vai divulgar um novo balanço do Plano SP. Com isso, existe a possibilidade de reclassificação das regiões para fases mais ou menos restritas de reabertura econômica.
A região de Campinas pode ser deslocada da fase laranja para a fase vermelha, que permite apenas a abertura de serviços essenciais. Neste cenário, estabeleciemntos como escritórios e concessionárias, que estão funcionando normalmente, teriam que interromper as atividades.
"Com essa interiorização da doença, é muito provável que a gente perca apenas para a capital. Podemos ficar atrás de uma ou duas, mas nós estaremos entre as cidades com mais casos no Estado. Nossa luta é para que isso não se reflita na taxa de mortalidade", disse Jonas Donizette.
Campinas
bateu recorde de confirmações de mortes por Covid-19
nesta terça-feira, com 23 óbitos registrados em 24 horas. Além disso, ultrapassou a marca de 6 mil casos confirmados e, pelo segundo dia consecutivo, registrou a taxa de ocupação de leitos de UTI na casa dos 89% - queda de 89.21% para 89.14% entre segunda e terça-feira.