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Centro de Convivência volta a receber a feira hippie neste final de semana.
Carlos Bassan / Pref. de Campinaas
Centro de Convivência volta a receber a feira hippie neste final de semana.


A Prefeitura de Campinas confirmou hoje (29) a retomada da feira hippie do Centro de Convivência , que volta acontecer neste final de semana após quatro meses de suspensão por causa da pandemia do novo coronavírus .

Segundo a Secretaria de Cultura, a feira de artesanato acontece neste sábado e domingo, das 10h às 14h, e prossegue nos próximos fins de semana, enquanto o decreto atual da quarentena (que possibilita a abertura de comércios) estiver vigente. Ontem (28), os espaços já foram demarcados pelos artesões.

De acordo com a Prefeitura, a estimativa é que a feira volta a acontecer com 60% dos expositores, já que grande parte deles faz parte do grupo de risco, motivo que gerou opiniões contrárias sobre a volta entre os expositores e a própria Asecco (Associação dos Expositores do Centro de Convivência).

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O presidente da Asecco, Marcelo Bonifácio, se posicionou contra a liberação, que considera arrisca em momento de avanço dos casos na cidade. Segundo Marcelo, a feira geraria aglomerações, o que seria irresponsável neste momento.

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"Lá é um local de aglomeração, não dá pra ter controle dos contatos, dos toques de objetos nas bancas. Pessoalmente sou contra, mas é um assunto contraditório entre vários associados", afirmou, citando a mobilização de alguns artesões para a retomada. 

OPINIÕES CONTRÁRIAS 

Em maio, uma manifestação reuniu um grupo de cerca de 20 expositores da feira, que pediram ajuda à Prefeitura, por estarem sem atuar desde o início da pandemia. Segundo os artesões, atualmente a única fonte de renda é o auxilio emergencial do governo federal, que não é suficiente para suprir os gastos de cada um.

Apesar do apelo de alguns expositores, o presidente da associação se preocupa pelo fato da maioria ser idosos, considerados grupo de risco. Marcelo criticou o fato d que não foi convocado para reuniões sobre a retomada.

"Eu não fui chamado para nenhuma reunião, nenhuma discussão sobre isso. Eu sei que alguns se mobilizaram, porque o dinheiro é importante, mas eu luto pela vida deles, dinheiro é conseqüência", declarou, ainda citando o e-commerce como alternativa que poderia ser mais desenvolvida com apoio da Administração.

Apesar de reconhecer os riscos, a expositora Edimara Jorge Gimenez, de 57 anos, afirma que vai voltar com a barraca já neste fim de semana.

"Na minha opinião é legal e não é. Ficamos muito felizes sobre a retomada, mas no fundo temos medo",disse. No entanto, mesmo com o receio, a artesã diz que mesmo com os riscos a volta é necessária para os ganhos dos expositores.

"A gente precisa. Estamos recebendo dinheiro do governo, mas só. Eu mesma não consegui vender e-commerce, então eu vou voltar porque preciso, faço meu trabalho em casa e preciso sair para vender. Tem muita gente com medo, mas a maioria acredito que quer trabalhar porque não tem outra renda", afirmou. 

REGRAS 

A expectativa é que a feira aconteça com 190 a 200 expositores, que tem como obrigação montar as barracas com distanciamento de dois metros e disponibilizarem álcool em gel durante o atendimento ao público.

Entre a liberação, a Administração autorizou ainda o funcionamento de barracas de alimentação. No entanto, o consumo no local será proibido, com liberação para comer nas proximidades e em condições de distanciamento. 

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