O número de idosos moradores de ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos) mortos por Covid-19 em Campinas subiu 53%, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura na sexta-feira (31).
Segundo a Vigilância Epidemiológica , até a última semana foram registradas 72 mortes entre os residentes. O último boletim com os números de casos em asilos registrava até então 47 mortes entre os moradores.
Com o novo balanço, entre os lares a taxa de letalidade - proporção de mortes entre os diagnosticados com a doença - chegou ao o índice de 42,3%. Em Campinas, a letalidade atual da doença é de 3,9%, já no Brasil o percentual é de 3,4%. Até esta segunda-feira a cidade registrava 731 mortos pela doença e 18,9 mil casos.
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De acordo com o boletim, o total de casos confirmados entre os idosos em asilos chegou a 170 no último boletim o número era de 146. Os casos foram confirmados em 32 lares vistoriados pela Vigilância Epidemiológica, onde foram feitos testes da doença em 685 moradores.
Ainda segundo a pasta da Saúde, o resultado demonstra que a cada 100 moradores, 25 já foram diagnosticados com a covid-19.
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TRABALHADORES
Como nas instituições estão proibidas as visitas, a principal suspeita, segundo a Saúde, é da contaminação pelos próprios profissionais envolvidos nos cuidados com os idosos. Entre as 32 instituições, 620 trabalhadores atuam nos cuidados com os moradores.
Com a testagem feita pela Vigilância nas unidades, 82 funcionários confirmaram a contaminação pela doença. No último boletim, 56 funcionários haviam sido contaminados até então.
Entre os confirmados, 63 apontaram resultado positivo no teste rápido, e 23 no exame de PCR, sendo que há funcionários que realizaram as duas testagens.
Segundo a Saúde, entre os profissionais contaminados, 53 trabalharam na área de enfermagem e como cuidadores, o que representa 64,6%, do total de confirmados.
Em setores auxiliares, os casos positivos totalizaram 16 profissionais (19,5% dos positivos) e outros 12 atuam em funções administrativas (14,6%).
Os casos entre profissionais apontam, segundo a Vigilância, uma necessidade de maior investimento na capacitação dos trabalhadores assistenciais e de fornecimento de insumos e equipamentos de proteção adequados para o exercício das atividades.
MEDIDAS DE CUIDADO
Entre a população com maior vulnerabilidade para a doença estão pessoas idosas, principalmente a de moradores das casas de repousos. Segundo a Administração, a fim de identificar rapidamente ameaças de surto e conter em tempo hábil, a Equipe de Vigilância de Surtos conta com a participação de todas as coordenadorias da vigilância em saúde e vem acompanhando, avaliando e orientando os profissionais das ILPIs, a fim de conter ou minimizar os impactos de surtos da doença nestas instituições.
Segundo a Prefeitura, desde março de 2020, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária acompanha e orienta os responsáveis técnicos das ILPIs com envio de materiais técnicos, realização de reunião, e apoio e apoio a implantação das normas legais e técnicas específicas para o setor.