A cidade de Campinas estabilizou nesta quarta-feira (5) a taxa de ocupação de leitos UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do novo coronavírus, mantendo o índice em 76,33%. Ontem, a taxa era de 76,64%. Além disso, a taxa da região - usada no Plano São Paulo de flexibilização da quarentena - está em 65,9%, o que indica uma possibilidade de mudança para a fase amarela na próxima semana (leia mais abaixo).
Segundo dados da Prefeitura de Campinas, o município oferece 414 leitos de UTI exclusivos para pacientes com covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 316 estão ocupados, o que corresponde a 76,33%. Há 98 leitos livres somando as redes pública e particular.
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Além do número de leitos livres, ainda hoje a Administração anunciou a desativação dos leitos de retaguarda do Hospital de Campanha, no Parque Itália. Montado no dia 15 de maio, o hospital recebe pacientes de baixa e média complexidade de covid-19. Também hoje Campinas chegou a 760 mortes da doença (desde março) e passou de 20 mil casos.
Ocupação
Em relação aos leitos na cidade, a maior taxa de ocupação hoje é no SUS Estadual, que gere o HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp e também o AME (Ambulatório Médico de Especialidades). A taxa é de 79,57%. São 93 leitos, dos quais 74 estão ocupados.
No SUS Municipal, são 150 leitos, dos quais 116 estão ocupados, o que equivale a 77,33%. Há 34 leitos livres. Não houve, no entanto, redução de leitos. A mudança no total oferecido ocorreu porque cinco leitos do Hospital Mário Gatti continuam bloqueados para regulação por conta da necessidade de isolamento de pacientes.
Já na rede particular, de 171 leitos, dos quais 126 estão ocupados, o que equivale a 73,68%. Há 45 leitos livres.
Fase amarela
Com a taxa do DRS VII (Departamento Regional de Saúde) em 65,9%, existe uma chance do governo estadual fazer com que a região de Campinas avance na próxima semana da fase laranja (iniciada no dia 27 de julho) para a amarela, com maior abertura de comércio - incluindo bares, restaurantes, salões de beleza e academias - e também maior jornada de atendimento.
A taxa de ocupação de UTIs é um dos critérios usados pelo Estado para avaliar o avanço da doença na região. Os outros são número de mortes a cada 100 mil habitantes e número total de internações. O anúncio será feito na sexta-feira (7) pelo governador João Doria (PSDB).