Campinas será a primeira cidade do país a receber a entrega de alimentos por drone . Após a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizar na última quarta-feira (5) o iFood, aplicativos de entregas, a realizar entregas pelo equipamento, a empresa anunciou ontem (12) que vai fazer a primeira entrega aérea na cidade.
Em Campinas, uma rota de 400 metros vai ligar a praça de alimentação do Shopping Iguatemi até o ponto do "iFood Hub", estrutura que vai centralizar os pedidos. A entrega deve levar em média 2 minutos, no trecho que percorrido andando pode levar 12.
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Devido a pandemia do coronavírus, ainda não há data para o início do projeto, mas a empresa afirmou que a previsão para os vôos experimentais é nos próximos meses. Campinas foi escolhida porque o iFood é sediado na cidade.
No ano passado, durante o Carnaval em São Paulo, a empresa realizou um teste, entregando um sanduíche em um trio elétrico. A estimativa era de início das atividades em outubro do ano passado, mas sem o aval na Anac e com a pandemia o processo foi adiado.
Agora, com o aval, Campinas servirá de teste para o projeto piloto. A entrega final ao consumidor, no entanto, ainda será feita pelos entregadores, sendo o drone usado para ligar os pontos e otimizar o tempo.
Além do iFood Hub, Campinas terá mais um destino final em um complexo de condomínios próximo ao shopping Iguatemi. Segundo a estimativa da empresa, a rota de 2,5 quilômetros que seria feita em 10 minutos, passará a ser concluída em quatro minutos.
Evolução
Para o vice-presidente de Logística da empresa, Roberto Gandolfo, a etapa mostra a evolução na forma de entregas.
"Esse foi um importante passo para construir um projeto seguro, eficiente e economicamente sustentável junto aos nossos parceiros e órgãos responsáveis. Essa é uma etapa muito significativa para a evolução do uso comercial de drones. Nosso objetivo primário é utilizar o drone para trazer mais eficiência para a operação", afirmou.
Em julho, a Speedbird Aero e a AL Drones promoveram os ensaios finais do projeto em São José dos Campos, com a participação da Anac. Todo processo de certificação levou cerca de 11 meses.