O prefeito Jonas Donizette (PSB) informou na manhã desta sexta-feira (4) que as aulas presenciais com acolhimento de alunos em Campinas não vão retornar antes do dia 15 de setembro. A medida é válida para as redes públicas, tanto municipal quanto estadual, e também para a rede particular.
Campinas estava preparando o retorno de alunos na rede estadual para o acolhimento e recuperação já no próximo dia 8 de setembro, após o feriado de Independência. Com a medida do prefeito, esse retorno está suspenso. O prefeito afirmou que nos próximos 15 dias irá fazer uma nova avaliação para ver o que pode ocorrer após esse período.
Jonas afirmou que teve várias reuniões com professores e diretores de escolas, e afirmou que os profissionais da Educação ainda estão inseguros com esse retorno. Além disso, o prefeito afirmou que consultou o resultado parcial da enquete feita no site da secretaria de Educação (veja aqui) que perguntou aos pais se mandariam ou não, as crianças e adolescentes para o retorno presencial nas escolas.
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Segundo Jonas, dos 15 mil pais que já responderam à enquete, 82% afirmaram que não vão mandar os estudantes nesse retorno.
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A enquete segue até a próxima terça-feira na página da secretaria (clique aqui para votar) . "Dos 15 mil pais que acessaram a plataforma, 82% disseram que não levariam o filho para o retorno das aulas. Isso é quase 100%. Por isso, nos próximos 15 dias não teremos qualquer volta presencial de aula em Campinas. Essa maciça manifestação dos pais e pelas conversas individuais que tive com pequenos grupos de professores me mostrou essa insegurança", afirmou o prefeito.
Incerteza
Ainda segundo Jonas, o prazo de 7 de outubro dado inicialmente pela Prefeitura para a retomada das aulas em todas as redes pode também ser postergada em Campinas, e até mesmo a volta neste ano ainda é incerta. Na semana passada, o prefeito havia anunciado a data para retomada junto com as regras.
O decreto com a determinação será publicado nesse sábado. Nessa determinação também haverá a publicação do prolongamento da quarentena até o dia 6 de outubro. "Em relação a quarentena ela vai ocorrer enquanto não tivermos uma vacina", afirmou o prefeito.
O secretário de Assuntos Jurídicos Peter Panutto explicou a necessidade de fazer esse decreto porque ficou confusa a determinação do Estado autorizando à volta das atividades no próximo dia 8 de setembro.
"Quando a cidade está há 20 dias na Fase Amarela é autorizado factualmente a volta das atividades escolares de acolhimento, e recuperação, mas isso estava confuso entre os pais. Como também há uma intenção dos pais de não voltar, decidimos que em Campinas não vai ter esse retorno", afirmou.
Testagem
Jonas disse ainda que está providenciando a testagem para todos os profissionais de educação antes da volta presencial. Ele disse que está em negociação com o governo estadual para a disponibilização desses testes, que deve ocorrer na rede municipal de ensino.
Hoje, Campinas tem 70 mil alunos na rede municipal (incluindo educação infantil, ensino fundamental, EJA e programas de qualificação profissional).