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Campinas teve aumento de 400% no número de latrocínios.
Arquivo/Agência Brasil
Campinas teve aumento de 400% no número de latrocínios.


Os números de latrocínio quadruplicaram em Campinas neste ano. Segundo dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública), até agosto já foram registradas dez ocorrências de roubo que terminaram com vítimas fatais. O número é maior do que a soma dos últimos dois anos, e representa um aumento de 400% considerando o mesmo período de 2019. De janeiro a agosto do ano passado, foram registradas apenas duas ocorrências na cidade.

Já no ano passado inteiro, as delegacias da cidade somaram três ocorrências. Em 2018 o número também foi menor, com cinco ocorrências de janeiro a dezembro, sendo que quatro foram registradas até agosto.

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Entre os casos registrados na cidade neste ano, o primeiro foi já em 4 de janeiro, quando um motorista de aplicativo foi morto após uma corrida. Outro caso de latrocínio também teve grande repercussão na cidade, quando uma série de roubos nas proximidades da Rodovia dos Bandeirantes terminou com um motorista morto- nesse caso, outras três pessoas também foram baleadas durante os assaltos.  

AUMENTO DA VIOLÊNCIA

Para o coronel da reserva e especialista em segurança pública Marci Elber Resende, o latrocínio é considerado um crime que demonstra o aumento da violência na cidade, e tem relação com o grande registro de roubos. De janeiro até agosto, segundo a SSP, Campinas contabiliza 3.317 ocorrências de assaltos.

"Tivemos muitas pessoas desempregadas, a princípio uma queda no registro de ocorrência, e isso pode mostrar que muita gente tá desesperada, e isso pode contribuir para uma ação mais ruim, mais violenta", afirmou.

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De acordo com o ex-tenente-coronel do Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar), esse número mostra que o roubo tem saído do controle, e por isso mais cuidados devem ser tomados pelas vítimas.

"Para o roubo o bandido normalmente pretende atingir o alvo que considera mais fácil, ter o objeto do seu interesse e conseguir fugir, não são coisas planejadas e quando vemos esses números de latrocínio vemos que alguma dessas coisas saiu do controle para ele em algum momento. É claro que a culpa é do bandido e não da vítima, mas o ideal é que se tome mais cuidado para não se tornar um alvo em potencial" ressaltou.

Marci ainda elencou algumas medidas simples poderiam ser tomadas pelos governos para evitar o alastramento ainda maior dessas ocorrências.

"É preciso um planejamento para atuação da polícia nas áreas de maior incidência, ter uma investigação mais eficiente e em geral a valorização do profissional da segurança pelo poder público", acrescentou.  

ESTUPROS E HOMICÍDIOS 

Os casos de estupro e homicídios na cidade também registraram alta na comparação dos meses de agosto de 2019. A alta de estupros foi de 44% e de homicídios, 33%. Neste ano, foram 26 ocorrências de estupro contra 18 no mesmo período do ano passado. Já os assassinatos foram 8 neste ano contra 6 em agosto de 2019.

Em relação ao estupro de vulnerável - com menor de 14 anos - o número é o maior do ano todo: foram 22 casos em agosto. Na comparação com ano passado, com 13 casos em agosto, o aumento é de 69,2%. 

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